247, com Reuters - A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira o ex-ministro Paulo Bernardo, que ocupou cargos do primeiro escalão nos governos Lula e Dilma, em um desmembramento da operação Lava Jato.
Além de prender Bernardo em Brasília, a PF cumpre operação de busca na casa do ex-ministro e de sua mulher, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), em Curitiba, e também no diretório nacional do PT em São Paulo.
A assessoria de imprensa da PF em São Paulo informou que as informações sobre a operação serão fornecidas aos jornalistas apenas às 11h, em coletiva na sua sede na capital.
Em comunicado, a Polícia Federal informou que cumpre no total na operação desta quinta 11 mandados de prisão preventiva, 40 de busca e apreensão e 14 de condução coercitiva, mas não divulgou os nomes dos suspeitos. Segundo a fonte, o ex-ministro Carlos Gabas (Previdência) é um dos alvos de condução coercitiva.
Na mesma operação, o secretário municipal de Gestão de São Paulo, Valter Correia, foi preso. Antes de ser nomeado pelo prefeito Fernando Haddad, em março de 2015, Correia foi chefe da Assessoria Especial para Modernização da Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão no governo Dilma Rousseff, sob a então ministra Miriam Belchior.
O inquérito foi aberto em dezembro de 2015, após a decisão do Supremo Tribunal Federal de que a documentação recolhida na 18ª fase da Operação Lava Jato, conhecida como Pixuleco 2, fosse encaminhada para investigação em São Paulo.
A operação Custo Brasil foi deflagrada, segundo o comunicado, para apurar o pagamento de propina proveniente de contratos de 100 milhões de reais a pessoas ligadas a funcionários e agentes públicos vinculados ao Ministério do Planejamento.
"Há indícios de que o MPOG (Ministério do Planejamento) direcionou a contratação de uma empresa de prestação de serviços de tecnologia e informática para a gestão do crédito consignado na folha de pagamento de funcionários públicos federais com bancos privados, interessados na concessão de crédito consignado", disse a PF no comunicado.
"Segundo apurou-se, 70 por cento dos valores recebidos por essa empresa eram repassados a pessoas ligadas a funcionários públicos ou agentes públicos com influência no MPOG por meio de outros contratos - fictícios ou simulados", acrescentou.
Separadamente, Bernardo, que também foi ministro das Comunicações no governo da presidente afastada Dilma Rousseff, e Gleisei foram indiciados em março por acusação de corrupção por suposto envolvimento em um esquema de financiamento de campanha descoberto em 2014. Eles negaram qualquer irregularidade.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)
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