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Moro se prepara para ser candidato a presidente em 2022 pelo Podemos, contra Bolsonaro

O Podemos, liderado pela deputada Renata Abreu e pelo senador Álvaro Dias, está cooptando quadros com a promessa de que Moro, no tempo certo, irá se filiar ao partido para concorrer como cabeça de uma coligação de centro-direita, segundo informa o boletim político Tag Report, das jornalistas Helena Chagas e Lydia Medeiros

(Foto: José Cruz - ABR

Do Br2pontos Veículo de circulação restrita e alta credibilidade nos meios políticos, o Tag Report crava que o ministro da Justiça, Sergio Moro, já é desde já candidato a presidente da República na eleição de 2022. O Podemos, liderado pela deputada Renata Abreu e pelo senador Álvaro Dias, está cooptando quadros com a promessa de que Moro, no tempo certo, irá se filiar ao partido para concorrer como cabeça de uma coligação de centro-direita. O texto é assinado pelas jornalistas Helena Chagas e Lydia Medeiros.

“Moro perdeu a ingenuidade”, disse uma pessoa próxima do ministro, completando que ele não está mais entusiasmado com a possibilidade de obter uma cadeira no Supremo Tribunal Federal nem mesmo ser vice numa chapa encabeçada pelo presidente Jair Bolsonaro. Nos dois casos, Moro dependeria “do humor instável” de Bolsonaro, o que ele não quer. Por isso, o ministro já trabalha numa opção política independente do chefe e usa as negociações do pacote anticrime para se manter sob os holofotes da luta contra a corrupção.

O crescimento do Podemos é um dos elementos dessa construção, diz o Tag Report. “No Congresso, o que se diz é que, em algum momento, Moro se filiará”, escrevem Helena e Lydia, lembrando que o paranaense Álvaro Dias é amigo do ex-juiz. Moro, com esse tipo de respaldo, tem participado de negociações com o Legislativo, dedicando almoços e jantares à suas atividades políticas com parlamentares.

O maior problema de Moro é Bolsonaro. O ministro sabe que não pode deixar o governo, sob risco de cair no limbo político, assinala o texto. Nos bastidores, o presidente estimula rumores de que o ex-juiz será seu companheiro de chapa em 2022, mas o que fará quando se der conta de que a candidatura de Moro avança e tem o apoio de uma parte do establishment?, questionam as articulistas. “Tudo isso no momento em que o caso Queiroz volta a ser investigado e pode consolidar, contra Bolsonaro, a perda da bandeira anticorrupção com a qual ele se elegeu”, encerra o artigo ‘Moro candidato’.

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