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Chantagem explícita do governo Temer aos estados: ou apoiam a reforma da previdência ou não terão recursos

Foto: Planalto






O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, mostrou, nesta terça-feira (26), o tom das negociações que fará na articulação junto a deputados e senadores pelos interesses de Michel Temer: governadores que precisarem de recursos federais, repasse que é uma das obrigações do Orçamento do país, terão que ajudar o Planalto a aprovar a reforma da Previdência.

O tática já é comum nas estratégias para governar do mandatário peemedebista. Desde que assumiu a poltrona do Planato, Temer adota o que chama de "troca de favores" para obter apoio, seja no arquivamento do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, seja na aprovação de todas as pautas de seus interesses. 

No outro lado da moeda, o presidente libera recursos na forma de emendas parlamentares, promete cargos de primeiro, segundo e terceiro escalão, articula "pacotes de bondades" com diversas medidas que ajudam os parlamentares e, mais recentemente, também inclui benesses eleitorais, como tempo de propaganda a partidos aliados, etc.


Mas, ainda, dentro dos "benefícios" concedidos aos fieis aliados de Temer, além dos recursos públicos gastos com as promessas elencadas acima, o peemedebista também faz chantagem com temas que não são somente interesse como, muitas vezes, necessidade dos alvos.

É o caso, agora, da liberação de Caixa aos governos estaduais que passam por crises financeiras, medida que deve ser feita sob a análise de risco para as entidades federativas e não como barganha política. 

Um de seus principais aliados que foi alçado ao comando da Secretaria de Governo, Carlos Marun, admitiu ontem que o governo de Michel Temer irá condicionar sim a liberação dos recursos ao "apoio" dos governadores. Como o interesse atual é na reforma da Previdência, os governadores precisarão apoiar e articular bases se quiserem salvar as contas de seus Estados.

De acordo com Marun, os financiamentos liberados pela Caixa são "ações de governo" e, portanto, submetidas às análises de Temer: "deve ser discutida alguma reciprocidade", afirmou o articulador do governo.

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