247 - Ponto mais polêmico do segundo dos três processos em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é réu na Operação Lava Jato, o pagamento do aluguel do apartamento vizinho ao dele em São Bernardo do Campo (SP) foi feito em dinheiro vivo entre 2011 e 2015, segundo a defesa do petista. Essa é a primeira vez que os defensores afirmam que o pagamento foi feito em espécie. O valor pago pelo aluguel no período é de cerca de R$ 189 mil.
"A única conclusão possível, a conclusão inequívoca é de que o pagamento foi feito em dinheiro", disse, em entrevista ao UOL, na quinta-feira (19), o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula.
De acordo com a denúncia do MPF (Ministério Público Federal) do Paraná, apresentada em dezembro de 2016, houve desvios de R$ 75,4 milhões em oito contratos entre a empreiteira Odebrecht e a Petrobras.
A advogada Valeska Teixeira Martins, que junto de Zanin, lidera a equipe de defensores de Lula, diz ter provado a origem contábil. "Provamos a movimentação financeira, recibo de aluguel, apresentamos o carnê-leão".
Os defensores de Lula dizem acreditar, com base na quebra de sigilo bancário do engenheiro que apontou R$ 1,3 milhão em depósitos em dinheiro entre 2011 e 2015, que parte dessa quantia refere-se aos cerca de R$ 189 mil que eles acreditam ter sido pagos por Marisa pela locação no período. Não há como a defesa ter certeza absoluta essa afirmação.
As informações são de reportagem de Nathan Lopes no UOL.
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