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Quem travou a corrupção de Cunha com a Máfia da Saúde? Gaspari diz que era Dilma POR FERNANDO BRITO


Áspero crítico do Governo Dilma, Elio Gaspari entra na lista dos insuspeitos de “bolivarianismo”.
Se alguém quer saber quais, entre outras muitas, as razões de Cunha para sua campanha de demolição do mandato da presidenta eleita, a coluna que Gaspari publica hoje dá dois bilhões delas.
Ele conta a história da MP637, relatada por Cunha, onde se pôs um “jabuti” que permitia aos planos de saúde, um pequeno “abatimento” nas multas por recusa de atendimento. Assim, narra ele, “se uma operadora negasse a mil clientes um procedimento que lhe custaria R$ 5.000 por negativa, em vez de pagar R$ 5 milhões, pagaria apenas R$ 100 mil.”.
Somando tudo, estimava-se em R$ 2 bilhões a benesse aos planos.
“A MP foi votada em bloco e aprovada com o apoio da bancada oposicionista. Exposta a maracutaia, Cunha informou que discutiu o assunto com a Casa Civil, o Ministério da Fazenda e a Advocacia-Geral da União, mas não deu nome aos bois.
Para desgosto de grandes operadores de planos de saúde, generosos doadores de campanhas eleitorais e simpáticos admiradores de comissários petistas, Dilma Rousseff vetou o artigo.
Como a MP 627 ficou mais conhecida pelo seu aspecto tributário, beneficiando empreiteiras e bancos, o gato das multas parecia dormir no fundo do armazém. A Procuradoria-Geral da República puxou o fio dessa meada, o que significa a abertura de uma nova vitrine na exposição de malfeitorias.”

Segundo Gaspari, até o próprio Cunha – que acolheu a emenda gatuna em seu relatório, reconheceu que o “gato na tuba” ia dar bolo. E, ao que parece, deu.
Mas quem puxou o rabo do gato, a Presidenta, está devidamente afastada e a caminho de ser deposta graças à ação de Cunha.
Que é, renitente e involuntariamente, uma espécie de “mártir do impeachment”.
Por mais que tenha roubado, certamente é bem menos, muitíssimo menos, do que ajudou a roubarem, ontem, hoje e  amanhã.

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