Fernando
Brito comenta a lista de propinas aberta por Sérgio Machado, que inclui
caciques do PMDB, incluindo o interino Michel Temer, até o tucano Aécio Neves;
"Mas há dois nomes importantes. Não por estarem na lista, mas por não
estarem citados em momento algum. São exatamente Lula e Dilma. Apontados como
vilões, são dos poucos a quem, mesmo os delatores mais dispostos a tudo para
salvar a pele, não apontam o recebimento de vantagem em dinheiros",
destaca
Não
há muito o que dizer depois da divulgação do depoimento de Sérgio Machado,
ex-diretor da Transpetro.
A
fábrica de salsichas de política real foi aberta e viu-se a massa que mistura o
são e o nojento na formação da pasta que a compõe.
Há
de tudo ali: dinheiro que serviu para o enriquecimento pessoal, recursos que
serviram para comprar apoio do outros políticos, verbas para campanhas
eleitorais milionárias e trocados para campanhas modestas, num cenário de
mercantilização das eleições fez centenas de milhares de reais serem quantias
modestas.
Há
a corrupção histórica, própria dos canalhas e é a corrupção inevitável feita
por um sistema eleitoral em que é – ou era – “legal” que um candidato pudesse
receber milhares ou milhões de reais de uma empresa.
Ainda
não é o pior, porque o pior está por vir.
Abriu-se
a caixa de Pandora e a vintena da lista de Machado não é nada perto do que, se
o fizerem, do rol que sairá das delação das empreiteiras.
Mas
já coloca Michel Temer na situação de explicar, aos gaguejos, que não pediu e,
adiante, ser desmentido com a prova do encontro com Machado. Tanto que que saiu
pela tangente, dizendo que não pediu doações ilegais. Ilegais.
Renan,
Sarney, Jucá, os sócios “beneméritos” da lista, ganhavam mesada. Os
“esquerdistas” ganhavam uma “merreca”, na forma de doação. “Os políticos sabiam
que o dinheiro vinha de empresas que prestavam serviços à Transpetro”, diz
Machado para justificar colocar todos no mesmo saco.
Aécio
sai com trechos da delação colados em
sua testa, pela farta distribuição de dinheiro a seus aliados e a “bolada”
destinada a ele, pessoalmente, vinda daqui e do exterior.
Mas
há dois nomes importantes.
Não
por estarem na lista, mas por não estarem citados em momento algum.
Nomes
que eram, diretamente, os responsáveis por manter Sérgio Machado no cargo, ainda
que indicado pelo PMDB.
São
exatamente Lula e Dilma.
Apontados
como vilões, são dos poucos a quem, mesmo os delatores mais dispostos a tudo
para salvar a pele, não apontam o recebimento de vantagem em dinheiros.
Fonte:
brasil247
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