A
participação do Ministro Marco Aurelio Mello no Roda Viva, que reproduzo
abaixo, foi uma aula de serenidade que cabe a um juiz, diante de uma banca, em
sua maioria, composta de linchadores.
Você
verá, desde o início, como é arrogante o pensamento de jornalistas que não só
se arrogam à posição de julgadores e de julgadores unilaterais, que sequer
querem ouvir argumentos de ponderação.
Embora
a selvageria de José Nêumane Pinto, uma alma decaída ao fascismo, mereça
destaque, a maioria se comportava também de forma além do opinativo e vai à
tentativa de imposição de ideias ao entrevistado.
A
parte mais densa da argumentação do Ministro, a 1h22min do vídeo abaixo, diz
respeito ao que já chamei aqui de “Feirão da Delação”, que se assemelha a um
tipo de confissão ( contra terceiros) obtida mediate a tortura do prolongamento
da prisão.
-“Não
compreendo alguém ser enviado ao xilindró e mantido lá até haver delação
premiada, algo errado está havendo. Não estou pressupondo que haja invencionice
dos delatores, ou melhor dos colaboradores do Judiciário, o que não compreendo
é que se prenda, invertendo o princípio constitucional, que se prenda para
fragilizar o ser humano e ele vir a delatar. Sob minha ótica científica, isso
está acontecendo”.
Assista,
vale a pena para recuperar um pouco a crença na Justiça.
Fonte:
tijolaco
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