Via brasil247
DEPOIS
DO GOLPE, CUNHA FAZ NOVA CHANTAGEM AO PAÍS
Sob
o inacreditável silêncio do Supremo Tribunal Federal, o presidente da Câmara
dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que liderou um golpe parlamentar que
fez o Brasil virar piada internacional, mesmo sendo um dos políticos mais
citados em escândalos de corrupção, faz nova chantagem: a Casa não votará projetos
enquanto o Senado não decidir se aceita a denúncia, o que provocaria o
afastamento de Dilma por até 180 dias; para Cunha, o governo “deixou de
existir” para os deputados; “A partir da próxima semana, já temos três medidas
provisórias que serão lidas hoje e vão trancar a pauta. Mas a representação do
governo na Casa deixou de existir porque deixou de existir, para a Câmara, o
governo. Então, passou a ser uma situação difícil e a celeridade do Senado é
muito importante”, disse ele, após entregar o processo para o presidente do
Senado, Renan Calheiros
Ivan
Richard e Iolando Lourenço - Repórteres da Agência Brasil
Com
a aprovação da admissibilidade do processo de impeachment contra a presidenta
Dilma Rousseff, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse
hoje (18) que dificilmente a Casa votará projetos enquanto o Senado decida se
aceita a denúncia, o que provocaria o afastamento de Dilma por até 180 dias.
Para o peemedebista, o governo “deixou de existir” para os deputados.
“A
partir da próxima semana, já temos três medidas provisórias que serão lidas
hoje e vão trancar a pauta. Mas a representação do governo na Casa deixou de
existir porque deixou de existir, para a Câmara, o governo. Então, passou a ser
uma situação difícil e a celeridade do Senado é muito importante”, disse Cunha,
após entregar o processo para o presidente do Senado, Renan Calheiros.
Cunha
disse que o processo entregue ao Senado é formado por 34 volumes, com 12.040
páginas. Para ele, “é difícil” para a Câmara analisar propostas de interesse do
governo depois da decisão de ontem (17).
“Não
acredito que nenhuma matéria relevante na Câmara será apreciada sem que esse
processo seja definido no Senado. Porque a Câmara, na medida em que autorizou a
instauração do processo que culmina com o afastamento [da presidenta], se o
Senado aceitar, significa que a Câmara não reconhece mais o governo.
Consequentemente, é muito difícil votar qualquer matéria do próprio governo. Da
minha parte, a pauta está lá e cumprirei, mas não acredito que prospere nada de
relevante antes do Senado apreciar”, disse.
Conselho
de Ética
Perguntado
se passada a fase de análise do impeachment de Dilma na Câmara as atenções da
Casa voltar-se-iam ao processo de cassação do mandato dele, Cunha disse-se em condições
de “ser inocentado”.
“Não
tenho nenhuma preocupação. Não vão me constranger por causa disso. Não tenho
nenhuma preocupação e estou, absolutamente, em condições de ser inocentado na
representação no Conselho [de Ética]. Não me sinto constrangido, meu papel de
presidente da Câmara é institucional e cumpri [na votação] esse papel.”
O
presidente disse ainda que analisa a possibilidade de apresentar queixa-crime
contra os deputados que fizeram críticas a ele durante o processo de votação da
admissibilidade do impeachment.
0 Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do BVO - Blog Verdades Ocultas. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia os termos de uso do Blog Verdades Ocultas para saber o que é impróprio ou ilegal.