O
advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo deu entrada na noite desta
segunda (21) no Supremo Tribunal Federal com um pedido de liminar para
"suspender imediatamente os efeitos da decisão" de Sergio Moro, que
quebrou o sigilo das conversas telefônicas de Lula com a presidente Dilma
Rousseff; no texto, Cardozo acusa Moro de ao "divulgar o conteúdo de
conversas envolvendo a Presidenta da República" colocar "em risco a
soberania nacional, em ofensa ao Estado democrático republicano"; ele
também pede a cassação das duas decisões do ministro Gilmar Mendes que
suspenderam a posse de Lula na Casa Civil
Em
manifestações ao Supremo Tribunal Federal, a presidente Dilma Rousseff afirmou
nesta segunda-feira (21) que o juiz Sergio Moro colocou em risco a soberania
nacional ao divulgar seu diálogo com o ex-presidente Lula e classificou de
"ilação" a tese de que nomeou o petista para a Casa Civil para não
ser investigado pela Justiça do Paraná.
"Assim,
tomar a decisão de divulgar o conteúdo de conversas envolvendo a presidente da
República coloca em risco a soberania nacional, em ofensa ao Estado democrático
republicano. A interceptação é medida extrema que ofende direitos e garantias
constitucionais, como a privacidade. Assim, ofende gravemente a ordem
jurídico-constitucional divulgar o que não tem a ver com a interceptação ou a
investigação", diz a ação.
Abaixo
matéria da Agência Brasil:
A
Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu hoje (21) ao Supremo Tribunal Federal
(STF) para cassar as duas decisões do ministro Gilmar Mendes que suspenderam a
posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no chefia da Casa Civil da
Presidência da República. No recurso, a AGU sustenta que não há impedimentos legais
para que Lula exerça o cargo de ministro.
Para
a AGU, Lula não tem nenhuma restrição legal e pode cumprir suas funções na Casa
Civil. "Restam igualmente presentes os requisitos constitucionais gerais
para o preenchimento do posto de ministro de Estado. Também não está impedido
de exercer cargos públicos, na medida em que não se encontra condenado em
qualquer instância, muito menos despido de seus direitos políticos",
argumenta a Advocacia da União.
A
AGU pede urgência na decisão por causa do recesso do Judiciário, que começa
quarta-feira (23). Devido ao feriado da Semana Santa, o Supremo não terá
sessões nas duas turmas e no plenário nesta semana. De acordo com a Lei
5.010/1966, norma que organizou a Justiça Federal (JF), é feriado na JF e nos
tribunais superiores da quarta-feira da Semana Santa até o domingo de Páscoa.
Sérgio
Moro
A
AGU também recorreu ao Supremo para suspender a decisão do juiz federal Sérgio
Moro, que autorizou a divulgação de conversas telefônicas entre o ex-presidente
Lula e a presidenta Dilma Rousseff. Para o órgão, Moro não tem competência para
analisar a prova. A reclamação será relatada pelo ministro Teori Zavascki.
No
recurso, a AGU sustenta que Moro usurpou a competência do Supremo ao decidir
retirar o sigilo da conversa, que envolve a presidenta da República.
"Decisão de divulgar as conversas da presidenta – ainda que encontradas
fortuitamente na interceptação – não poderia ter sido prolatada em primeiro
grau de jurisdição, por vício de incompetência absoluta. Em vez de decidir,
deveria o magistrado ter encaminhado o material colhido para o exame detido do
tribunal competente (juízo natural), e não divulgá-lo, possibilitando a
exposição na mídia", sustenta o órgão.
Antes
de a AGU protocolar o recurso para anular a decisão de Sérgio Moro, o juiz
enviou ao Supremo as interceptações telefônicas nas quais o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva conversa com a presidenta Dilma Rousseff e com o então
chefe da Casa Civil, e hoje ministro do gabinete pessoal da presidenta, Jaques
Wagner
Fonte:
brasil247
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