O
cantor e compositor Chico Buarque é um dos principais apoiadores do
abaixo-assinado "Escritores e profissionais do livro pela
democracia", publicado na noite desta segunda-feira (21) e que já contra
com outras 1.256 adesões; além dele, subscrevem o documento Antonio Candido,
Milton Hatoum, Slavoj Zizek, Leonardo Padura, Lira Neto, Raduan Nassar,
Bernardo Carvalho, Laerte, Humberto Werneck, Aldir Blanc, Rubens Figueiredo e
Davi Arrigucci Jr; "Nós, abaixo assinados, que escrevemos, produzimos,
publicamos e fazemos circular o livro no Brasil, vimos nos manifestar pela
defesa dos valores democráticos e pelo exercício pleno da democracia em nosso
país, de acordo com as normas constitucionais vigentes, no momento
ameaçadas", diz o texto, que ainda rebate "qualquer tentativa de
golpe"
O
cantor e compositor Chico Buarque é um dos principais apoiados do
abaixo-assinado "Escritores e profissionais do livro pela
democracia", publicado na noite desta segunda-feira (21). Além dele, de
acordo com os organizadores, o documento já conta com outras 1.256 adesões.
A
manifestação surgiu no Facebook no sábado e tomou proporção maior do que a
esperada pelos idealizadores. Um deles, Marcelo Moutinho, superintendente de comunicação
da OAB-RJ, comemorou a divulgação na rede social.
"São
ficcionistas, poetas, editores, ensaístas, livreiros, revisores, capistas,
designers, diagramadores, capistas, bibliotecários, contadores de história,
que, preocupados com flagrantes ameaças às conquistas democráticas e ao Estado
de Direito, decidiram se manifestar em conjunto", disse.
"Subscrevem
o documento, entre outros, Chico Buarque, Antonio Candido, Milton Hatoum,
Slavoj Zizek, Leonardo Padura, Lira Neto, Raduan Nassar, Bernardo Carvalho,
Laerte, Humberto Werneck, Aldir Blanc, Rubens Figueiredo e Davi Arrigucci Jr,
além de muitos amigos queridos, parceiros de literatura - e de vida".
O
manifesto está no Avaaz, site que compila abaixo-assinados.
Abaixo
o documento na íntegra:
"Nós,
abaixo assinados, que escrevemos, produzimos, publicamos e fazemos circular o
livro no Brasil, vimos nos manifestar pela defesa dos valores democráticos e
pelo exercício pleno da democracia em nosso país, de acordo com as normas
constitucionais vigentes, no momento ameaçadas.
Não
podemos imaginar a livre circulação de ideias em outra ordem que não seja a da
diversidade democrática, gozada de forma crescente nas últimas décadas pela
sociedade brasileira, que é cada vez mais leitora e tem cada vez mais acesso à
educação.
Ainda
podemos nos recordar facilmente dos tempos obscuros da censura às ideias e aos
livros nos 21 anos do regime ditatorial iniciado em 1964.
A
necessária investigação de toda denúncia de corrupção, envolvendo a quem quer
que seja, deve obedecer às premissas da legalidade e do Estado democrático de
direito.
O
retrocesso e a perda dos valores democráticos não interessam à maioria do povo
brasileiro, no qual nos incluímos como profissionais dedicados aos livros e à
leitura.
Ao
percebermos as conquistas democráticas ameaçadas pelo abuso de poder e pela
violação dos direitos à privacidade, à livre manifestação e à defesa,
combinadas à agressividade e intolerância de alguns, e à indesejada tomada de
partido por setores do Poder Judiciário, convocamos os profissionais do livro a
se manifestarem em todos os espaços públicos pela resistência ao desrespeito
sistemático das regras básicas que garantem a existência de um Estado de
direito.
Dizemos
não a qualquer tentativa de golpe e, mais forte ainda, dizemos sim à Democracia."
Fonte:
brasil247
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