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2022: Lula no páreo contra Bolsonaro ou Moro

A jornalista Helena Chagas analisa a pesquisa divulgada pela Veja e constata que "bolsonarismo e lulismo são as duas principais forças políticas na disputa". "Talvez o mais surpreendente seja o desempenho do candidato que, do ponto de vista legal, nem pode ser candidato ainda, mas saiu da cadeia para um empate técnico com Jair Bolsonaro", acrescenta


Por Helena Chagas, no Divergentes e para o Jornalistas pela Democracia Muitas águas vão rolar até 2022, mas pesquisa Veja/FSB divulgada nesta sexta mostra que, à revelia do discurso da mídia e do establishment condenando a chamada “polarização”do quadro político, até o momento nada mudou: bolsonarismo e lulismo são as duas principais forças políticas na disputa.

Talvez o mais surpreendente seja o desempenho do candidato que, do ponto de vista legal, nem pode ser candidato ainda, mas saiu da cadeia para um empate técnico com Jair Bolsonaro no primeiro turno e para um desempenho competitivo no segundo. Sem mídia e sem caneta, o ex-presidente Lula teria hoje 29% dos votos, contra 32% do presidente da República. Num segundo turno, perderia de 45% a 40% para Bolsonaro e por 48% a 39% para Sergio Moro.

E aí se chega ao segundo dado importante da pesquisa: Moro venceria Lula e, estranhamente, empataria com o próprio chefe num segundo turno por 36% a 36%. A três anos da eleição, esses números são, como sempre se diz, retrato de um momento. Mas podem criar muita, muita confusão mesmo. Afinal, o Planalto tem dois candidatos, e o mais forte deles não é o presidente da República.

Outro dado a se ressaltar é que a chamada turma do centro continua sem entusiasmar muito. Ciro Gomes e Luciano Huck empatam num primeiro turno com 9% cada um — o que não chega a ser um resultado ruim no caso do apresentador, um neófito na política. João Doria, por sua vez, não mostra fôlego nesse quadro, não chegando nem a 5%.

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