Fosse o Brasil um país com um mínimo de seriedade, os efeitos das condenações de Lula na 13ª Vara Criminal de Curitiba estariam suspensos, liminarmente, a partrir de amanhã, até que se apourasse o mega escãndalo revelado por Glenn Grenwald- Prêmio Pulitzer de jornalismo em 2014 – no seu site The Intercept.
Greeneald obteve os arquivos de mensagens trocadas entre o ex-juiz Sérgio Moro e Deltan dallagnoll, coordenador da Força Tarefa da Lava Jato, onde anos combinam detalhes da operação e da denúncia a ser apresentada contra o ex-presidente Lula sobre o famoso triplex no Guarujá.
Mesmo no distorcido direito brasileiro de hoje, é absolutamente proibido que juiz e promotor “combinem” estratégias de acusação, pela simples e óbvia razão de que isso tira do magistrado a idenção e a independência que deveria ter.
E que, neste caso, todos sabem que não houve, embora alguns papetas, especialmente togados, teimem que tenha havido.
Só que, ao contrário do que diz os nossos promotores, agora há provas, muito mais que meras convicções, que todos já tínhamos.
Há dezenas de mensagens trocadas entre ambos e outros integrantes do ministério público, onde ser articula desde a apresentação do tal powerpoint até o cronocrama das operações policiais e a conveniência de prender ou não potencais delatores.
Uma promiscuidade- a palavra é esta – digna de quadrilheiros.
Não porta que a imprensa brasileira esteja quieta a respeito, é um escândalo de proporções mundiais.
O material é extenso e demanda tempo para sistematizar. É muito provável que a história do “hacker” que teria invadido o telefone de Moro seja uma espécie de “vacina” contra o fato de ter vazado o conteúdo das comunicações entre ele e a Força Tarefa.
A Justiça brasileira é comandada por bandidos.
Fonte: tijolaco
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