Nem saiu ainda a segunda leva de informações do material obtido pelo The Intercept e as coisas começam a ficar difíceis para Sérgio Moro e Deltan Dallagnoll.
Quatro conselheiros – Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho, Gustavo do Vale Rocha, Leonardo Accioly da Silva e Erick Venâncio Lima do Nascimento – ingressaram com um pedido de averiguação do comportamento de Dallagnol e dos outros procuradores citados na reportagem. E, claro, onde vão as caçambas, lá estará a corda: Moro.
A Folha fala que o Congresso já considera a possibilidade de uma CPI sobre o caso. Pode ser, menos por amor à elucidação da promiscuidade na perseguição a Lula e mais pela oportunidade de destruir o ex-juiz.
Afora a desafinada banda de música da extrema direita, pouca gente quer que Moro tenha futuro como candidatoem 2022. Portanto, quando mais cedo arrancado do jardim, melhor será.
Este conceito inclui também, é claro, o próprio Jair Bolsonaro, que precisou trazer a cobra para seu zoológico, mas não lhe dará asas. Embora, num primeiro momento vá colocar seu pessoal para vociferar contra a imprensa, Moro não é conveniente a médio prazo: deixar que ele se esvazie é criar uma vaga no STF e asfixiar um possível adversário eleitoral.
Moro dá sinais de que está abalado. Agora há pouco, segundo o jornal amazonense abandonou uma entrevista coletiva, dizendo que tinha ido falar apenas sobre os problemas de segurança de Manaus e que, se iam ficar perguntando sobre o caso das mensagens, “estarei encerrando” a coletiva. Mais cedo, driblou a imprensa e entrou por uma porta lateral no hotel onde era esperado.
Moro é muito bom como mandão. Sob pressão, ainda não mostrou que é o Super-Homem.
Fonte: tijolaco
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