A Atini, entidade que foi fundada por Damares Alves, é alvo de ao menos três ações na Justiça por tráfico de crianças, exploração sexual e incitação ao ódio contra indígenas
A futura ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, a pastora evangélica Damares Alves, é fundadora de uma ONG acusada de tráfico e sequestro de crianças, exploração sexual e incitação ao ódio contra indígenas. Recentemente, Damares, que ficará responsável pela Funai (Fundação Nacional do Índio), afirmou que escolheria para a presidência da entidade uma pessoa que “ame desesperadamente” os índios.
A ONG Atini, que teve Damares como presidente até 2015, alega já ter salvado a vida de ao menos 50 crianças indígenas de situações de risco, mas é alvo de ao menos três ações na Justiça.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, em 2016, a Polícia Federal pediu à Funai informações sobre suposto tráfico e exploração sexual de indígenas que estariam sendo praticados por três ONGS – entre elas a Atini.
Todas as ações contra a ONG correm em segredo de Justiça e, uma delas, analisada por uma vara federal de Volta Redonda (RJ), tem como objeto central uma indígena de 16 anos que, em 2010, foi levada grávida pelo tio materno para uma chácara da Atini e registrada como sua filha. A justificaiva da ONG para tirar a jovem de sua tribo é que ela sofreria maus tratos. A criança ficou sob a tutela provisória do irmão de uma das donas da Atini e, agora, o Ministério Público Federal pede o retorno da criança para sua mãe, que já voltou para a tribo.
Damares Alves não se pronunciou sobre as denúncias apresentadas na reportagem da Folha de S. Paulo.
*Com informações da Folha de S. Paulo
Fonte: revistaforum
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