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Cai o discurso de honestidade dos Bolsonaro



Mais uma vez "Os filhinhas de papai"(como diria Dona Armênia, personagem de Aracy Balabanian na novela " Deus nos Acuda da Rede Globo em 1993), protagonizam as manchetes de telejornais, jornais e revistas. Aliás já se tornou praxe os "garotos" Bolsonaro ganharem minutos de má fama na mídia nacional com declarações esdrúxulas, brigas com aliados ou como agora, suspeitas de corrupção.

Depois do Eduardo (deputado federal) dizer que " Pra fechar o STF basta um soldado e um cabo ",o Carlos (Vereador) que " existem pessoas próximas do presidente interessadas em sua morte", agora foi a vez do Flávio (Senador eleito), cujo assessor/motorista foi rastreado numa operação cuja a investigação deflagrada em novembro, era contra deputados estaduais do Rio de Janeiro ( uma espécie de braço fluminense da operação Lava Jato).

O problema de tudo que envolve "Osfilhinhas do Presidente", é tão somente que ele corre pros holofotes pra tentar "apagar os incêndios" e despreparado de uma boa assessoria de imprensa, acaba – ao invés de ajudar – se encalacrando mais ainda no problema. Nesse caso por outro motivo pra lá de especial, a terceira dama Michelle Bolsonaro, segundo o COAF, recebeu um cheque de 24 mil do agora famoso Fabrício de Queiroz, o assessor/motorista milionário, que foi ajudado financeiramente pelo presidente eleito Bolsonaro, mesmo tendo movimentado mais de 1,2 milhão em sua conta.Ou seja , uma "história pra Boi dormir", como diz no nordeste, quem conta uma lorota.

" Eu conheço o senhor Queiroz desde 1984. Então vamo aí 34 anos. Depois nos encontramos novamente eu deputado federal e ele sargento da polícia militar do Rio de Janeiro. Somos paraquedistas e, nasceu ali, continua uma amizade e em muitos momentos estivemos juntos, em festas, em eventos, mais variado possível. Até porque me interessava que tinha uma segurança de um policial do meu lado. Uns tempos depois foi trabalhar com meu filho; disse Bolsonaro numa das entrevistas em que tenta explicar o óbvio, sobre o assessor laranja do filho.
Continua o Presidente na mesma entrevista num evento da Marinha:

" Em outras oportunidades eu já o socorri financeiramente. Nessa última agora, houve um acúmulo Né? de dívida por parte dele para comigo e resolveu então me pagar ah... com cheques... Não foi um cheque de 24 mil reais e nem 6 cheques de 4 reais. Foi na verdade 10 cheques de 4 mil reais . e assim foi pego. Eu não botei na minha conta porque é questão de... Eu tenho dificuldade pra ir em banco, andar na rua. Deixei pra minha esposa. Lamento o constrangimento né? Que ela está passando no atual momento, no tocante a isso. Mas ninguém recebe ou dá dinheiro sujo com cheque nominal, meu Deus do céu! Uma coisa normal , natural, isso não existe... Eu espero que ele se explique[...} o meu filho não ta nessa operação única da polícia federal."

Saiba mais aqui: 

Não esqueçamos que assim que essa bomba estourou na mídia, todos desdobramentos foram tão constrangedores, quanto a tentativa do Paizão e seus aliados, para defender o filho Flávio, dos pré-julgamentos na malha fina da imprensa e da opinião pública.

Onyx Lorenzoni ( O futuro super Ministro da Casa Civil) se irritou com a imprensa ( há 3 dias atrás) e disse considerar irrelevante uma pergunta direcionada a ele sobre o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), sobre o motorista de Flávio Bolsonaro.
"Vamos lá, peraí. Vamos enfrentar essa questão. O presidente Bolsonaro é uma pessoa que tem o compromisso claro com a verdade. Então fiquem tranquilos, que seguramente isso vai ser sempre enfrentado com a verdade", disse Lorenzoni.

Saiba mais aqui:

Sérgio Moro (futuro Ministro da Justiça), desconversou e saiu à francesa após ser questionado sobre episódio numa entrevista em Brasília.

Já o vice presidente General Hamilton Mourão foi curto e grosso: "O ex-motorista, que conheço como Queiroz, precisa dizer de onde saiu este dinheiro. O Coaf rastreia tudo. Algo tem, aí precisa explicar a transação, tem que dizer", afirmou.

Reveja aqui:


O maior problema é que essa conta até agora não fechou e perguntas precisam ser respondidas com clareza :

- Se a dívida com Bolsonaro era de 24 mil ou 40 mil e por que ( o tal cheque) foi depositado na conta de Michelle Bolsonaro numa operação não declarada à receita federal?

- Como um motorista/assessor movimentou mais de 1,2 milhão em sua conta, se essa receita é incompatível com os seus rendimentos?

- Por que Fabrício de Queiroz tem tantos parentes nomeados em gabinetes da família Bolsonaro que ocuparam cargos estratégicos em seus gabinetes?

- Por que Jair Bolsonaro cancelou compromissos e demorou muito pra se manifestar sobre o cheque na conta da esposa?
Esse governo como alguém disse semana passada na internet "Já começa por onde os outros terminam". Ou seja, ele se inicia envolvido num caso de corrupção claríssima.

Resta ao Ministério Público Federal, Procuradoria Geral da República, Polícia Federal e o próprio COAF, investigar, fiscalizar e punir todos aqueles que foram envolvidos e nisso, não pode escapar o primeiro Filho, a terceira dama, o super motorista e o próprio Presidente eleito.

Uma coisa fica evidente após esse escândalo, caí o discurso de honestidade da família Bolsonaro, tanto propalado ao longo de toda a vida política deles.

A sociedade agora cobra agora, a mesma ação enérgica e rapidez para tratar esse fato, como a que trataram para acelerar o impeachment da ex-presidenta Dilma, a condução coercitiva e a prisão do ex-Presidente Lula. O povo não vai tolerar descaso, moratória e nem desculpas esfarrapadas para minimizar o estrago já feito no novo governo. Não pode e nem deve haver dois pesos e duas medidas para esclarecer e punir os envolvidos nesse caso.

A partir de agora, vão existir duas figuras ilustres:

O super–herói Jair Messias Bolsonaro paladino da justiça (caçador de corruptos) da pré-campanha eleitoral e o Presidente Jair Bolsonaro encalacrado no Bolsogate, o primeiro escândalo de corrupção de um presidente e sua família, que ainda nem assumiu por direito o governo do Brasil.


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