Paraná 247 - Ter atacado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente deposta Dilma Rousseff e outros dirigentes do PT próximo das eleições se revelou um lucrativo negócio para o ex-ministro Antônio Palocci.
Sua delação premiada firmada com a Polícia Federal em março deste ano teve o sigilo quebrado pelo juiz Sérgio Moro nesta segunda-feira, 1, seis antes das eleições presidenciais. Pelo acordo, o ex-ministro teve redução de dois terços da pena e terá que pagar multa de R$ 35 milhões.
A delação de Palocci está inserida nos autos de uma das ações penais da Operação Lava Jato contra Lula – em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na compra de um apartamento em São Bernardo do Campo e de um terreno supostamente destinado ao Instituto Lula.
Até junho deste ano, a operação Lava Jato havia encontrado um patrimônio de pelo menos R$ 80 milhões atribuídos a Palocci. São imóveis, carros e investimentos em nome do ex-ministro, de sua empresa Projeto Consultoria Empresarial Ltda e de duas filhas, como mostra reportagem do jornalista Ricardo Brandt.
Condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, Palocci está preso preventivamente desde agosto de 2016. Em abril de 2017 o ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, negou um pedido de HC monocraticamente. Houve agravo regimental da defesa para que a 2ª Turma julgasse o caso, mas Fachin decidiu levar o processo diretamente ao Plenário, onde o ex-ministro também teve o pedido indeferido por maioria de votos.
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