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MERCADO SE ADAPTA A HADDAD: BOLSA DISPARA E DÓLAR CAI - BOLSONARO CAI TRÊS PONTOS, HADDAD SOBE CINCO, EMPATA NO 1º TURNO E VENCE NO 2°



247 - O favoritismo de Fernando Haddad, candidato do PT à Presidência, que abriu oito pontos de vantagem no segundo turno em relação ao candidato Jair Bolsonaro (PSL), segundo a pesquisa Instituto Brasilis e divulgada no portal Infomoney, já foi aceito pelo mercado financeiro.

Às 11h44 (horário de Brasília), o Ibovespa subia 1,50%, a 79.833 pontos. O contrato de dólar futuro com vencimento em outubro tinha queda de 1,34%, cotado a R$ 3,950, e o dólar comercial recuava 1,17%, para R$ 3,980.sessão desta quinta-feira.

O motivo: embora não assumam, todos os agentes do mercado sabem que Haddad fez uma gestão responsável à frente da prefeitura de São Paulo, tem perfil moderado e conduzirá a economia de forma consistente na presidência da República, caso vença as eleições.

BOLSONARO CAI TRÊS PONTOS, HADDAD SOBE CINCO, EMPATA NO 1º TURNO E VENCE NO 2

Por Marcos Mortari, no Infomoney – A dez dias do primeiro turno, o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT) voltou a crescer e agora está em situação de empate técnico com o deputado Jair Bolsonaro (PSL), hospitalizado há 21 dias após ser vítima de um ataque a facada durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG).

É o que mostra pesquisa instituto Brasilis realizada nos dias 25 e 26 de setembro. De acordo com o levantamento, Bolsonaro oscilou negativamente 3 pontos percentuais em relação à semana passada e agora tem 27% das intenções de voto. Já Haddad saltou de 17% para 22% no mesmo período, diminuindo para 5 pontos percentuais uma diferença que era de 13. Considerando a soma das margens de erro para cada candidato, o quadro é de empate técnico. A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o código BR-00592/2018 e tem margem de erro de 3,5 p.p. para cima ou para baixo.

"A nova rodada da pesquisa revela um fortalecimento consistente da candidatura de Fernando Haddad. Ao mesmo tempo, há sinais de que Bolsonaro passou a sentir tanto o golpe dos ataques de Alckmin quanto sua ausência da campanha em função da convalescença da facada", observa o cientista político Alberto Almeida, sócio-diretor da Brasilis. O resultado da pesquisa reforça a tendência de segundo turno entre Haddad e Bolsonaro.

Em outro pelotão, aparecem os ex-governadores Geraldo Alckmin (PSDB), com 10% – 3 p.p. a mais do que no último levantamento – e Ciro Gomes (PDT), que oscilou positivamente de 7% para 8%. A ex-senadora Marina Silva (Rede) apresentou oscilação negativa de 1 p.p. e agora tem 5% das intenções de voto. O senador Álvaro Dias (Podemos) e o empresário João Amoêdo (Novo) também apresentaram variação negativa dentro da margem de erro e têm 3% cada. Considerando a margem máxima de erro, esses cinco candidatos estão em empate técnico.


"Para que um dos demais candidatos se torne capaz de ir ao segundo turno, deslocando ou Bolsonaro ou Haddad, é preciso retirar para si, ao menos, 0,8 ponto percentual por dia dos candidatos favoritos a se qualificarem para o segundo turno. Não há sinais consistentes de que isso possa ocorrer", avalia Almeida.

Na simulação de segundo turno entre Bolsonaro e Haddad, o petista aparece à frente por diferença fora da margem de erro: 44% contra 36%. Uma semana atrás, os dois empatavam tecnicamente, com o deputado numericamente à frente por placar de 42% a 40%.


Foram realizadas 1000 entrevistas por telefone em todas as regiões do país nos dias 25 e 26 de setembro. A margem de erro máxima é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança da pesquisa é de 95%, o que significa que, se o questionário fosse aplicado mais de uma vez no mesmo período e sob mesmas condições, esta seria a chance de o resultado se repetir dentro da margem.




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