247 - No dia 18 de agosto, o jornalista Carlos Alberto Sardenberg, da Globo, chamou de 'fake news' a notícia de que o Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) cobrou do Estado brasileiro que o ex-presidente Lula tenha seus direitos políticos respeitados como candidato à presidência da República. Por exemplo: que possa participar de entrevistas, debates e programa eleitoral de rádio e TV.
No artigo intitulado Fake ONU, no portal G1, do Grupo Globo, Sardenberg minimiza de forma escandalosa a importância do Comitê da ONU, comparando-o com o Conselho de Direitos Humanos, que tem função diferente. Por fim, Sardenberg conclui que "a nota do Comitê é uma fake news, que originou outras fake news".
Nesta quarta-feira 29, no entanto, uma nota importantíssima foi divulgada pelo Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), ligado à Secretaria Especial de Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos, do governo federal. Nela, o grupo reconhece como "legítima" a decisão do Comitê da ONU sobre Lula e entende que "as medidas interinas adotadas pelo Comitê devem ser cumpridas pelo Estado brasileiro, independentemente de seu caráter vinculante".
Na composição do conselho, há representantes da sociedade, do Ministério Público Federal, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ); órgãos do Poder Executivo (Ministério dos Direitos Humanos, Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Justiça e Polícia Federal); e do Poder Legislativo (Câmara dos Deputados e Senado Federal). Leia mais aqui.
Como se manifestará agora Sardenberg, se é que o fará, diante da nota de um conselho com tantos representantes independentes, de instituições tão variadas e ainda sustentado pelo governo Temer, que exerce a presidência após um golpe apoiado fortemente pela emissora em que trabalha?
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