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“Papai Lula, eu, bisneta de escravos, vou ser doutora graças ao senhor, que me viu”

Fernanda



Seguem hoje para Curitiba mais de 500 cartas de mineiros que foram até a barraca da democracia, instalada por manifestantes na praça Sete de Setembro, em Belo Horizonte. Também serão encaminhadas fotos em que mulheres aparecem como primeiro-dama da democracia, ao lado de Lula.

Estas cartas foram ditadas por brasileiros que não têm familiaridade com a língua escrita — seja por falta de hábito ou mesmo por não saberem escrever. No conteúdo, se superaram.

Seguem dois exemplos. Getúlio disse que Lula é, de fato, ladrão: “você roubou a fome do povo. Não morremos mais de fome. Nós te amamos!”.

Fernanda fez questão de ela mesma escrever, com letra caprichada: só pediu para os manifestantes encaminharem. “Papai Lula — inicia ela –, hoje eu, negra, bisneta de escravos, estou estudando para ser Doutora (com D maiúsculo) graças ao senhor que me viu. Viva a senzala. Casa grande, casa de TODOS!”

A iniciativa de levar à população a oportunidade de escrever carta para Lula será repetida em outros locais de Belo Horizonte, para outra remessa de correspondência.

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