Privatização é aceita somente entre os que têm renda superior a dez salários mínimos por mês, dos quais 55% se disseram favoráveis; aceitação cai conforme diminui a renda familiar mensal.
Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (26) pelo Datafolha aponta que sete em cada dez brasileiros se opõem à privatização.
A maioria (67%) avalia que há mais prejuízos do que benefícios na venda das estatais brasileiras a grupos estrangeiros.
Esse resultado predomina em quase todos os recortes analisados, por região, gênero, escolaridade, preferência partidária e aprovação ao governo Temer.
A privatização é aceita entre os que têm renda superior a dez salários mínimos por mês – dos quais 55% se disseram favoráveis.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, que divulgou a pesquisa, a aceitação cai conforme diminui a renda familiar mensal.
Entre os que ganham até dois salários mínimos, 13% são a favor.
Os moradores do Norte e do Nordeste têm taxa de reprovação de 78% e 76% respectivamente. No Sudeste, 67% são contra privatizar.
A pesquisa ouviu 2.765 pessoas.
Em agosto de 2017, o governo Temer anunciou que até o fim de 2018 privatizará a Eletrobras, maior grupo do setor elétrico da América Latina. A oposição critica a medida, que tem forte rejeição popular pelo medo do aumento da tarifa de energia e da precarização do serviço oferecido.
No pacote de privatizações de Temer estão também 14 aeroportos, onze blocos de linhas de transmissão de energia elétrica, 15 terminais portuários, rodovias, Casa da Moeda, Companhias Docas do Espírito Santo, Casemg e CeasaMinas.
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