247 - O suposto esquema de pagamento de propina feito pela Globo a dirigentes do futebol para conseguir direitos de transmissão de jogos se revelou um negócio de altíssimo lucro para o grupo de mídia da família Marinho.
Conforme relata Bárbara Sacchitiello, em reportagem do portal Meio e Mensagem, só na temporada de 2018 de futebol, a Globo lançou pacotes comerciais aos patrocinadores que podem render receitas de R$ 2,460 bilhões.
A emissora criou um pacote comercial para as transmissões nacionais e internacionais e outro exclusivamente para a Copa do Mundo da Rússia. O pacote de Futebol 2018 – que engloba o Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Copa Libertadores da América, Campeonatos Estaduais, Copa-Sulamericana e Amistosos da Seleção Brasileira – contém seis cotas de patrocínio, com valor de tabela de R$ 230 milhões cada. Têm prioridade os atuais patrocinadores do futebol da Globo: Banco Itaú, Ambev (Brahma), Chevrolet, Johnson & Johnson, Ricardo Eletro e Vivo.
Já para a Copa da Rússia, o plano comercial da Globo também contempla seis cotas de patrocínio, com valor de tabela de R$ 180 milhões cada.
Conforme delatou o empresário Alejandro Burzaco, a Globo é acusada de participar de um esquema de pagamento de propina de R$ 50 milhões para garantir direitos de exclusividade nas Copas do Mundo de 2026 e 2030.
Em seu depoimento, em que a Globo é citada 14 vezes, Burzaco detalha propinas pagas a José Maria Marin e Marco Polo del Nero, o ex e o atual presidente da CBF. Só na Copa América de 2015, o equivalente a R$ 10 milhões teria sido pago à dupla e a Ricardo Teixeira, que os antecedeu no cargo.
Leia a íntegra do depoimento de Aljandro Burzaco, obtido com exclusividade pelo 247.
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