SP 247 – Beneficiados com isenções fiscais e com o custo que não tiveram para o descarte, laboratórios doaram à Prefeitura de São Paulo, comandada por João Doria (PSDB), 165 tipos de medicamentos que estavam perto da data de vencer e não podiam mais ser comercializados.
A rádio CBN obteve com exclusividade a lista de medicamentos que precisaram ser descartados nos meses de junho, julho e agosto, entre eles antidepressivos, antipsicóticos, diuréticos e antibióticos.
Foram descartados nada menos que 35% do total de medicamentos doados, o que representa quase três toneladas, quase cinco vezes mais do que o descartado ao longo de todo o ano passado.
Como de costume, Doria colocou a culpa na gestão anterior, de Fernando Haddad (PT). Segundo ele, o crescimento no descarte se deve à escassez de medicamentos do governo petista, informação que é desmentida pelo site Aqui Tem Remédio, da própria prefeitura.
O prefeito admitiu que, se os remédios tivessem sido comprados, em vez de doados, os critérios teriam sido mais "precisos". "Não é bom [o descarte], mesmo que tenha sido produto doado para a Prefeitura".
A doação em medicamentos prometida por Doria em fevereiro foi de R$ 120 milhões, mas apenas 10% chegaram às unidades de saúde, ou seja, para os paulistanos. A estimativa é que a Prefeitura tenha gasto R$ 60 mil com o descarte dos medicamentos, custo que deveria ser das empresas.
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