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ÓRGÃOS DA OEA E ONU DENUNCIAM MASSACRE DE ÍNDIOS ISOLADOS NO AMAZONAS



247 - O Escritório Regional para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), ligada a Organização dos Estados Americanos (OEA) denunciaram um possível massacre de indígenas isolados na região do Vale do Javari, no Amazonas. Os dois órgãos internacionais disseram estar "preocupados" com os informes e pediram que o governo adote "medidas imediatas" para impedir os ataques do gênero.

Alerta acontece um dia após representantes dos povos indígenas brasileiros denunciarem o governo Michel Temer junto a ONU e pedirem "medidas urgentes" para frear as "atrocidades", mortes e violações de direitos humanos.

Na nova agressão relatada pelos organismos internacionais, cerca de dez indígenas em isolamento, incluindo mulheres e crianças, teriam sido assassinados. Para a ONU e a OEA, a região vem registrando "um aumento das incursões e de atos de violência contra as comunidades indígenas em isolamento voluntário e contato inicial na região do Vale do Javari". Os ataques costumam ser realizados por garimpeiros, madeireiros ilegais e produtores agropecuários.

As entidades ambientalistas e organismo internacionais cobram medidas urgentes como o controle de entrada no território, vigilância permanente e monitoramento dos movimentos territoriais dos povos indígenas em isolamento, além da fiscalização de atividades ilegais nos campos da mineração, cultivo, caça, pesca e extrativismo ilegal de madeira.

Para o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o sucateamento da Funai pelo governo Michel Temer é um dos fatores que tem contribuído para o aumento dos ataques. "Como resultado dos cortes de orçamento do órgão indigenista oficial, estamos prestes a confirmar um massacre de indígenas isolados na Amazônia brasileira", afirmou o Cimi. "Estas mortes não são resultados de uma política inocente, mas um ato criminoso, previsível, de um Estado que se mostra incapaz de proteger sua população mais vulnerável", completou.


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