Da redação VO em 08/04/2017
Com a decadência de o desgoverno Temer o que mais se ouve das pessoas que foram a favor da destituição da presidente Dilma é: “quem fez de Temer presidente do Brasil foram os mesmos que votaram em Dilma”. Até onde isso é verdade ou não?
É claro que não existe composição de chapa presidencial sem um vice, mas o eleitor vota no candidato a presidente ou vice? Para qual dos dois é gerado um número a ser votado?
Quando o eleitor se dirige à urna ele digita o número do candidato a presidente e automaticamente é este o escolhido e votado e por mais que na chapa exista um vice, esse para o eleitor é e continuará sendo uma escolha do partido para composição da chapa, e não do eleitor. Quando escolhemos um médico cirurgião o escolhemos por acreditar em sua competência, indagamos o seu histórico, e não o da sua equipe. Numa eleição não é diferente.
Por que Dilma escolheu Temer para ser seu vice? Por questões de composição partidária, porque dentro da chapa que foi estabelecida pelo governo Lula, ninguém governa sem o PMDB, tanto Fernando Henrique Cardoso, quanto todos os demais governos inseriram o PMDB na chapa, pois hoje o PMDB é o partido mais importante em termos de poder e capilaridade política que temos no Brasil, seja nos municípios, estado ou para a presidência.
Temer não foi escolhido por ser considerado o melhor, mas porque era praticamente a opção mais viável para a governabilidade, o que de fato teria acontecido se não fosse a traição orquestrada por ele e seu grupo de conspiradores contra o governo Dilma. Difícil adivinhar quem é Judas, não acha?
A eleição do vice se realiza simultaneamente com a do presidente, e ambos tomam posse em sessão do Congresso Nacional, prestando compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a União, a integridade e a independência do Brasil e todo aquele ritual que vocês conhecem.
Quando o eleitorado vota para presidente, vota na cabeça de chapa, esse é o nome que carrega a votação, e na chapa presidencial Dilma/Temer a cabeça de chapa é Dilma e não Temer.
Temer compunha a chapa não por popularidade, e sim, por questões meramente burocráticas. A escolha de Temer como vice não foi para garantir a vitória nas urnas, e sim, conjuntura de estabilidade política, ou seja, governabilidade, logo, o eleitor de Dilma é de Dilma e não de Temer! Votou-se em Dilma para a chefia do Estado brasileiro e não em Temer!
A Constituição Federal define como atribuições do vice-presidente da República a substituição do presidente, no caso de impedimento ou nos casos em que o cargo se torne vago. Deve, também, auxiliar o presidente, sempre que por ele convocado para missões especiais, e foi aí que Temer, que se sentiu um vice decorativo (por ter em mente que não devia ser vice e sim presidente), fez uso de uma arma mesquinha, pequena e baixa chamada traição, para realizar o seu grande sonho de ser presidente.
Infelizmente ele teve apoio de alguns, para o seu plano traidor (traidor, não apenas de Dilma, mas do Brasil), e esse apoio não partiu dos eleitores de Dilma, e sim, daqueles que se vestiram de verde e amarelo e foram para as ruas bater panelas e gritar “fora Dilma”.
Estes sim, colocaram Temer na presidência, pois sabiam que era óbvio que se destituíssem a presidente, pela hierarquia, seu vice assumiria. Enquanto isso os eleitores de Dilma estavam brigando pelo respeito ao seu voto (mais de 54 milhões) e pelo direito de Dilma continuar o seu governo, uma vez que a mesma não cometera os crimes dos quais era acusada. Foi tudo em vão, lembram quando Pilatos pediu ao povo que escolhessem entre Jesus e Barrabás? Quanta semelhança...
Quem está livre da traição? Dilma foi traída e isso pode acontecer com qualquer um e em qualquer situação. Dilma não pode ser responsabilizada pela traição de seu vice, nem seus eleitores, pela usurpação do poder, feito por um Judas disfarçado de presidente.
A própria Dilma por diversas vezes declarou que errou por ter escolhido Temer, mas não por outro motivo que não tenha sido a traição do mesmo. Veja.
“Errei porque escolhi uma pessoa que teve uma atitude de traição em relação à cabeça de chapa, que sou eu. Eu tive 54,5 milhões de votos. Os votos foram dados à minha candidatura - declarou Dilma sobre seu companheiro de chapa nas duas eleições.”
A própria Dilma por diversas vezes declarou que errou por ter escolhido Temer, mas não por outro motivo que não tenha sido a traição do mesmo. Veja.
“Errei porque escolhi uma pessoa que teve uma atitude de traição em relação à cabeça de chapa, que sou eu. Eu tive 54,5 milhões de votos. Os votos foram dados à minha candidatura - declarou Dilma sobre seu companheiro de chapa nas duas eleições.”
O ódio que foi disseminado contra o PT foi o grande responsável pelo “fora Dilma”. Usaram o subterfúgio de que era contra a corrupção, mas em qual corrupção Dilma se envolveu? Não era contra a corrupção e sim, contra o PT! Se fosse contra a corrupção, jamais teriam colocado essa quadrilha faminta pelo poder que aí está. O ódio contra o PT levou cidadãos de bem a apoiarem um golpe dado por corruptos, golpe esse, não em Dilma e nem no PT, mas no Brasil e nos brasileiros.
Se você foi à rua gritar “fora Dilma” consciente da ineficiência de Temer e do risco que era destituí-la do seu governo, saiba que você foi irresponsável com você mesmo, com sua família, com seus direitos e com o Brasil e ainda que não tivesse a consciência do que estava fazendo, não pode culpar os eleitores de Dilma por Temer hoje está sentado na cadeira presidencial desgovernando o país. Assuma, você é responsável neste processo predatório e agora aguente as consequências.
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