247 - O conhecido temperamento explosivo do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), escolhido por Michel Temer para o cargo de chanceler, preocupa muitos diplomatas e é considerado um foco potencial de problemas. Como presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Aloysio também ganhou fama pelo tom pouco diplomático de suas manifestações, em especial no que se refere aos países ditos bolivarianos.
As informações são de reportagem da Folha de S.Paulo.
A escolha, porém, encarada como sinal de continuidade e de menos mudanças do que um nome "interno" do próprio Itamaraty poderia causar.
"Diplomatas de alto escalão preferiam a chamada 'solução externa' para o cargo neste momento, dado que o governo Michel Temer já encerra um caráter de provisoriedade –acaba em pouco mais de um ano e meio.
Se o escolhido fosse um nome 'interno', como o bastante cotado embaixador do Brasil nos EUA, Sérgio Amaral, haveria a tendência de rearranjo mais amplo de postos de comando na pasta.
Aloysio deverá manter a linha de Serra: uma reorientação que afastou o Brasil dos regimes remanescentes à esquerda na América Latina, expulsou na prática a Venezuela do Mercosul e reforçou a área de comércio exterior.
É mais na forma do que no conteúdo que a chegada de Aloysio levanta reservas, mesmo entre os que não são viúvas do Itamaraty sob o PT; entre os que são, até a presença em missão oficial do então senador nos Estados Unidos após a Câmara aprovar a admissibilidade do processo de impeachment contra Dilma Rousseff serviu como "prova de golpismo".
O novo chanceler é conhecido pelo pavio curto, tendo protagonizado altercações públicas com adversários."
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