Bruno foi contratado pela equipe do Sul de Minas na última sexta-feira (foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press) |
Reunião entre o grupo Góis & Silva e a diretoria do Boa Esporte nesta segunda-feira vai definir como ficará a situação do patrocínio. Outro apoiador já desistiu do time
em.com.br - O Boa Esporte pode perder o seu patrocínio máster. Diretores do grupo Góis & Silva se reuniram na tarde deste domingo para discutir o apoio ao time de Varginha, no Sul de Minas. A empresa pressiona a diretoria da equipe a rever a contratação do goleiro Bruno, de 32 anos. Caso isso não aconteça, há a possibilidade de o contrato ser rompido unilateralmente. Uma reunião foi marcada nesta segunda-feira entre a presidência do Boa e a empresa. No sábado, a Nutrends, empresa do ramo de alimentos, já havia anunciado o fim da parceria com o clube.
O executivo da Góis & Silva, Rafael Góis, afirmou que a decisão de conversar com a diretoria do Boa sobre a contratação de Bruno foi unânime entre diretores do grupo 'devido à tamanha repercussão negativa e comoção nacional com o ato'. “Os nossos meios de comunicação, páginas, perfis de Facebook, e mídia social, todos foram enxovalhados pela opinião pública e o pessoal pedindo para rever, alguns mais eloquentes, outros mais ponderados, e um volume muito grande. Então, na realidade, nos fez repensar. Não estamos preocupados com a mídia, se vai trazer um marketing ou não, até porque é uma empresa de investimento e não temos um foco voltado para produtos, mas o que realmente levou a considerar é o tamanho da comoção”, afirmou.
A grande rejeição ao acerto do Boa com o goleiro Bruno fez o executivo e o grupo mudarem de ideia. No sábado, Rafael Góis chegou a dizer que o atleta cometeu “um ato extremamente grave”, mas que ele merece uma segunda chance. E havia assegurado ainda a continuação da parceria com o time do Sul de Minas. “Nós acreditamos realmente na segunda chance, mas também somos a favor da maioria. Como, na realidade, a gente percebeu o tamanho da comoção nacional, tomamos a decisão de rever a situação”, comentou.
A reunião com entre a diretoria do Boa Esporte e diretores do Grupo Góis & Silva está marcada para às 11h em São Paulo, na sede da empresa. Por meio das redes sociais, o grupo publicou nota onde critica a violência contra a mulher. “Deixamos explícito nosso repúdio a todo e qualquer tipo de violência contra a mulher e qualquer outro tipo de violência independente de classe social, gênero, faixa etária, cor da pele, orientação sexual, religião, etc”.
A holding é especializada em adquirir parte de empresas com dificuldade financeiras e reerguê-las, mantendo o dono com uma pequena participação. Entre os negócios do grupo há escola, fábrica de cigarro, fazendas com gado de corte e alambique. Rafael Góis, o CEO, é casado e tem três filhos. Começou seu império captando alunos para escolas de informática. Fez o mesmo para clínicas odontológicas e, em alguns anos, montou uma rede com 37 consultórios. Visionário, ele não tem diploma de curso superior.
Outro patrocinador
Esse foi o segundo patrocinador do Boa que mostrou insatisfação com a contratação do goleiro Bruno. Nesse sábado, uma das empresas que apoiava o time decidiu deixar de estampar a sua marca na camisa. A Nutrends Nutrition afirmou, depois de reunião, que não vai mais patrocinar o Boa. Por meio de nota publicada na página oficial da empresa no Facebook, a Nutrends anunciou o fim da parceria. “Em reunião extraordinária, a diretoria da Nutrends Nutrition decidiu que, a partir de hoje (sábado, 11/03), a empresa não é mais patrocinadora/apoiadora do Boa Esporte Clube”, diz o documento. A marca era estampada no ombro da camisa do time. Em poucos minutos, vários internautas apoiaram a decisão.
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