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Carlos Fernando defende divulgar delações da Odebrecht


247 - O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, negociador da Lava Jato, defende divulgar delações da Odebrecht, embora considere que a divulgação dos depoimentos resultará em “alerta para destruição de prova útil". Para ele, porém, decisão é opção ao risco de uso de vazamentos para o “jogo político". Carlos Fernando afirma ainda que a corrupção na Cidade Administrativa, obra bilionária de Aécio Neves em Minas Gerais, é de conhecimento de muita gente, mas que o caso está no STF devido a prerrogativas de foro. "Todos aqueles [delatores] que não falaram sobre Cidade Administrativa (do estado de Minas Gerais) deixaram de revelar um fato importante, que hoje nós sabemos o que aconteceu. Entretanto, isso é uma investigação do Supremo Tribunal Federal e não temos esse material conosco, pois envolve pessoas com prerrogativa de foro."

As informações são de reportagem de Thiago Herdy em o Globo.

Carlos Fernando diz que o conteúdos das delações superaram suas expectativas.

"É tão gigantesca [delação da Odebrecht], que se eu dissesse que foi o que eu esperava, tinha que ter muita imaginação para chegar a essa quantidade de informações e casos.

Não vejo diferença entre o comportamento do Brasil e dos outros países. Não sei se exportamos o modelo, ou se este é o modelo tradicional de política na América Latina. É uma simbiose entre a política e o financiamento da política e os interesses em obras públicas. A questão é quanto há de enriquecimento pessoal pra além do dinheiro para financiamento de campanha.

Neste mundo de pagamentos, temos que analisar a vontade das partes. Ouvir o depoimento do executivo para que diga se este pagamento estava vinculado a obra. Não estou dizendo que todo caixa dois seja crime de corrupção. Mas, se vinculado a uma obra, explicitamente ou implicitamente, seja ela do passado ou futura, vou ter que analisar e acho que é corrupção."

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