NOTA DE REPÚDIO DA ABRACRIM-RJ SOBRE A PRISÃO DA ADVOGADA VERGINIA VIEIRA

Doutor James Walker Junior, no Facebook.

NOTA DA ABRACRIM-RJ

Na última semana tomamos conhecimento, pela imprensa e redes sociais, que uma advogada foi violentamente humilhada, ameaçada e presa, em uma delegacia policial do interior do estado do Rio de Janeiro, no exercício da sua função, por um delegado de polícia que lhe deu voz de prisão por desacato.

O assunto tomou conta da ABRACRIM, nos diversos grupos estaduais e nos grupos nacionais.

A indignação virou palavra de ordem, diante da ofensa que, para além da vitimização pessoal da colega, ofendeu toda a classe.

A ABRACRIM-RJ, reafirmando sua postura institucional proativa, buscou contato com a colega, prestou solidariedade e apoio, conduzindo as iniciativas a serem adotadas para a persecução da responsabilização administrativa, civil e criminal do delegado ofensor.

O presidente da ABRACRIM-RJ James Walker Júnior e a Ouvidora Fernanda Fragoso se reuniram com a colega ofendida e conduziram o atendimento e direcionamento das medidas a serem implementadas.

O presidente da ABRACRIM-RJ assevera que as ofensas à advocacia criminal não ficarão sem resposta, nesse caso e em qualquer outro, daqui para frente.

"Essa é uma nova era da advocacia criminal, agora é ABRACRIM NELES !!"

Acesse a nota da ABRACRIM-RJ clicando aqui

Assista o vídeo:

Abaixo a postagem da Dr. Verginia Vieira no Facebook:

"Gostaria de relatar o que ocorreu comigo hoje (17/01/2017) na delegacia de Rio das Ostras. O delegado substituto Dr. Ronaldo me deu voz de prisão por desacato enquanto eu estava em seu gabinete acompanhando meu cliente para prestar declarações. A declaração de meu cliente seria sobre um jetski que este comprou e vendeu para um rapaz conhecido na cidade, ele que é trabalhador e dono de um quiosque muito bem frequentado na cidade. Esse rapaz foi abordado em sua casa por policiais da cidade e também de Goiás junto com o proprietário que consta na nota fiscal, alegando que este havia sido roubado em Goiás há três anos. O Jetski foi entregue ao dito proprietário no mesmo dia e liberado pela delegada de plantão, Dra. Juliana Rattes. Fui presa ao indagar e pedir vista ao inquérito cujo meu cliente não tinha a mínima ciência de nada, sendo que o mesmo havia comprado o jetSki de um rapaz de Minas Gerais. O Dr. Ronaldo me deu voz de prisão na presença do meu cliente, gritou comigo, falando que “quem manda nesta porra sou eu caralho! proferindo vários socos na mesa.” Eu me defendi dizendo que não havia lhe desrespeitado, quando este me mandou calar a boca gritando para os policiais: “ Prendam ela agora!” mesmo depois de eu arguir nossa prerrogativa de só ser preso no exercício da profissão na presença do representante da OAB.

A policial veio, me puxou pelo braço e me levou a uma sala onde fui autuada em flagrante, tratada com uma criminosa, pois o delegado ameaçou seus subordinados que se não me levassem eles seriam presos, ameaçando também me algemar. Na sala colocaram minhas digitais e fui fotografada dos dois lados como uma bandida, tudo isso sem a presença do delegado da Ordem.

O delegado entrou dizendo que eu iria para o batalhão da PM e ficaria detida, me tiraram os brincos, cordões, relógio e não pude ligar mesmo após pedir para chamar meu advogado. Fui vítima da maior arbitrariedade, não estava acreditando que uma advogada poderia ser tratada daquela forma, nunca imaginei isso. Não me deram água, eu estava muito nervosa com a boca seca. Me trataram como bandida, fui humilhada e sofri tortura psicológica. Tudo sem a presença da Ordem o que vai de encontro as nossas prerrogativas que é lei federal, o que foi descartado sem o mínimo pudor por esse delegado. Foi violado o meu direito de exercer a minha profissão que é inviolável. Uma profissão que escolhi e tenho orgulho em exercer. Amanhã (18/01) vou à Seccional do Rio de Janeiro e espero ser recebida pelo senhor o nosso presidente. Não poderei descansar antes de lutar com todas as minhas forças contra quem cometeu tamanha arbitrariedade e abuso de poder desrespeitando a nossa classe tratando um advogado como criminoso no exercício de suas funções. Obrigada Drs, por favor, compartilhem."

Atuação da ABRACRIM-RJ

Peço aos amigos(as) criminalistas e advogados(as) mesmo de outras áreas, que leiam, assistam e compartilhem.

Chega de advogada(o) sendo preso por DESACATO inexistente.

Agora é ABRACRIM NELES !!