247 - Na opinião do juiz Luís Carlos Valois, da Vara de Execuções Penais e um dos negociadores da rebelião ocorrida no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, o atual momento de ódio que vive o País contribui para rebeliões como esta, que deixou 56 detentos mortos.
"Uma das causa dessa rebelião é esse momento que a gente tá vivendo aí. Um momento de ódio", diz ele, em entrevista à Mídia Ninja.
Segundo o magistrado, esse negócio de "bandido bom é bandido morto" também passa para o preso, que encaixa o conceito de bandido como quer e mata quem ele considera ser o bandido.
"Porque para o preso, todo bandido ruim é o outro, é o estuprador, não ele, que só furtou, é o X9, que dedura para a polícia", explica. "Todo mundo pode ser bandido, o político, o taxista. Para o preso, é o estuprador, e não ele, que só furtou, é o X9, que dedura para a polícia".
"Bandido é uma palavra que existe só em português, não tem nem tradução no inglês, não tem bandido nas outras línguas. Por que não criminoso, acusado, condenado? Qualquer um pode ser bandido, todos nós somos bandidos. Pode ser o político, o taxista. É o conceito que se encaixa onde eu quero dependendo do meu preconceito", opina.
Assista um trecho:
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