Rio 247 - O economista e astrólogo Renato Chebar, e seu irmão, Marcelo Chebar, foram dois dos principais responsáveis pela descoberta do esquema de envio e lavagem de dinheiro no exterior, chefiado pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), que chegou a movimentar US$ 100 milhões.
Por mais de uma década, os dois ocultaram no exterior a suposta propina recebida pelo ex-governador, incluindo os US$ 16,5 milhões pagos por Eike Batista, que é devoto da astrologia, entre outros esoterismos.
Em acordo voluntário de delação premiada, Renato Chebar desmentiu a versão de Eike, de que o R$ 1 milhão que o empresário depositou ao escritório de advocacia de Adriana Ancelmo, mulher de Cabral, eram relativos a um serviço de consultoria. Chebar relatou ao Ministério Público Federal jamais ter estado com Eike e disse que falava apenas com seu sócio Flávio Godinho, preso na quarta-feira.
Segundo os investigadores da Lava Jato, as finanças de Cabral dependiam das conexões dos irmãos Chebar. Renato relatou ter conhecido Cabral no fim dos anos 1990, quando o político o procurava para comprar pequenas quantias de dólar para viajar ao exterior. Em 2003, segundo o relato dos irmãos, o pedido foi outro: esconder US$ 2 milhões em contas do operador nos EUA. Em 2007, o valor teria chegado a US$ 6 milhões.
Em 2007, os pagamentos passaram a ser acertados em conversas no aplicativo de mensagens Pidgin. Os documentos com as transações nunca eram salvos em computadores, mas em pen drives protegidos por criptografia, em uma pasta oculta.
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