Paraná 247 - O senador Roberto Requião (PMDB-PR) defendeu a aprovação de uma reforma política democratizante. De acordo com o parlamentar, "a presunção de inocência é um princípio básico da democracia e deve ser respeitada pelo judiciário, imprensa e legislativo, mas é "incoerente e perigoso que um político que pede exoneração de um ministério para não comprometer o governo Temer em razão de acusações de envolvimento em corrupção, se candidate a presidência do Senado".
"Essa função exige um grau de responsabilidade e de probidade, no mínimo, tão grande quanto a de ministro. Essa candidatura passaria a mensagem de que as responsabilidades do Senado não merecem o mesmo zelo dispensado a um ministério do governo Temer", disse. "O Senado ficará na mão da imprensa e da justiça, se seu presidente for uma pessoa que pode ser delatada na Lava-Jato ou acusada de casos de corrupção".
Para democratizar o Senado, Requião defende votações nominais e eletrônicas. Outra proposta é que "o presidente das comissões não devem escolher os relatores das matérias". "As escolhas devem ser feitas como no judiciário, por sorteio. Poderão os escolhidos abdicar do direito de relatar, iniciando assim um novo sorteio. Nada impede que um determinado senador faça um relatório em separado, caso ele não seja sorteado", diz.
O parlamentar também defende o "fim das listas de adesão para escolha de lideranças". "Os líderes devem ser escolhidos de forma transparente. Deve começar com uma ampla discussão na bancada e depois votação democrática, de preferência com o voto secreto", acrescenta.
Por fim, o congressista propõe que "a bancada é que deve decidir suas posições e não os líderes decidirem por elas". "Bancadas devem se reunir sempre e serem ouvidas pelos seus líderes antes que ele tome posições por ela", complementa.
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