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APELO DESESPERADO DE UM CAMINHONEIRO POR SEGURANÇA


UM CAMINHONEIRO DA 7ª REGIÃO - FORTALEZA, NO INÍCIO DESTE ANO DE 2016, FEZ UM APELO DESESPERADO ÀS AUTORIDADE E AO GOVERNADOR DO ESTADO DE PERNAMBUCO, IMPLORANDO SEGURANÇA NO TRECHO DE IBÓ, B. DO S. FRANCISCO E CABROBÓ, CONHECIDO COMO POLÍGONO DA MACONHA, MAS ATÉ HOJE NADA FOI FEITO E A VIOLÊNCIA PERMANECE NA REGIÃO.

Da Redação - Segundo informações de fontes da região, trata-se de uma área dominada pelo "Novo Cangaço", que é ligado ao PCC, de São Paulo, tendo uma parte interligada ao CV, do Rio. O nome dessa região é o "Polígono da Maconha". 

Infelizmente o Governador Paulo Câmara, não tem dado a devida atenção para a segurança pública, haja vista o que vem ocorrendo com a PM e Bombeiros, operação padrão desde 06/12, o estado de Pernambuco com sua segurança em verdadeiro estado de calamidade e nenhum acordo foi feito até agora. Naquela região então, segurança é apenas um sonho que o governo não está disposto a realizar, onde vários Policiais Militares e Civis já morreram assassinados pelas quadrilhas do "N.C.".

Segundo informações, o dinheiro oriundo dos assaltos e das vendas de cargas roubadas, ajudam a financiar o plantio de maconha (Canabis Sativa), bem como o envolvimento de alguns políticos e servidores públicos da região. Também há notícias de envolvimento de comerciantes na aquisição dos produtos roubados. LAMENTÁVEL."



Polígono da Maconha: sertão nordestino reúne a maior concentração de plantio da droga no país

Em maio de 2015 Repórter Record Investigação encara os perigos de uma das maiores regiões do tráfico brasileiro. VEJA REPORTAGEM:

No meio do sertão, uma das maiores produções de maconha no país e, para atravessar o território proibido é preciso ter muita coragem. Trata-se de uma região perigosa, controlada pelo tráfico: o Polígono da Maconha .

Durante dois meses, o Repórter Record Investigação apurou uma das regiões mais violentas do país, um local dominado por traficantes. A equipe percorreu a chamada "Transmaconheira", estrada que atravessa o sertão Pernambucano e de onde sai a maior produção da droga no Brasil.

São 40kg de terra batida até o local que mais produz maconha no país. A Transmaconheira começa na BR 116, que liga o sul ao nordeste do Brasil e segue até rodovia, a BR 316. O objetivo de quem usa a estrada é escapar da fiscalização existente no Trevo do Ibó. Segundo as investigações, nem mesmo o posto policial localizado no chamado "Trevo da Morte", diminuiu o s perigos da região.

Entre a divisa da Bahia e Pernambuco está o Rio São Francisco, responsável por irrigar e nutrir a região que acolhe centenas de agricultores, mas é também neste cenário que se instalou uma das maiores rotas de tráfico do país. Cerca de vinte cidades fazem parte do Polígono, as principais estão em Pernambuco. Entre elas, Salgueiro, chamada de Capital do Polígono; pois é por lá que a distribuição da droga passa. A plantação de maconha é feita em cidades menores, onde o índice de desenvolvimento humano é considerado baixos ou médio.

Estima-se que 40 mil trabalhadores estejam ligados ao plantio da droga nessa área. O Repórter Record Investigação foi até o Presídio de Juazeiro, que fica no lado Baiano do Polígono: lá 220 homens estão presos por tráfico de drogas, a maioria, agricultores flagrados durante o plantio da planta.

Ivanilson, 46 anos, está há três meses na penitenciária. Nascido em uma família de agricultores nunca estudou, seu salário nas lavouras nunca fora o suficiente para o sustento de sua mulher e seus cinco filhos. Sem dinheiro e perspectivas aceitou a proposta de trinta dias de trabalho em uma das plantações do Polígono: "Quando vi o helicóptero estava pertinho de mim, ergui meus braços e me entreguei", conta sobre o momento em que foi preso. Cerca de cem policiais de oito estados do nordeste são recrutados para combater o narcotráfico do Polígono da Maconha.

Com exclusividade, a equipe de reportagem acompanham a "Operação Expurgo", batizada assim pela Polícia Federal. Nela helicópteros levam agentes especializados em descobrir plantações de maconha em meio à vegetação das ilhas do Rio São Francisco. 

As maiores roças estão concentradas próximas a Orocó, cidade de 14 mil habitantes localizada em Pernambuco. Lá a economia gira em torno do cultivo de frutas, mas tem a maior produção de maconha do Polígono. Na operação os policias chegam com cautela, todo a operação é acompanhada por um perito, responsável por catalogar a área e toda droga que será destruída.

Só no ano passado (2014), a Polícia Federal erradicou um milhão duzentos e noventa mil pés na região do Polígono, mais de quatrocentas e trinta toneladas da droga deixaram de ser vendidas.


Maryjuana - Conheça a história do Polígono da Maconha 25 Jul 2016 )

Em 1867, o escritor, cientista, explorador e capitão inglês sir Richard Francis Burton percorreu o Rio São Francisco de Minas Gerais até a sua foz, em Sergipe. E, nas suas margens, visando às valiosas fibras do cânhamo, identificou condições ideais para a plantação de Cannabis. Cerca de um século depois, curiosamente, nascia ali o Polígono da Maconha!

Os registros de plantações e do consumo social de maconha feitos pelo médico neurologista pernambucano Jarbas Pernambucano, nos anos 1930; e pelo sociólogo americano Donald Pierson, nos anos 1950; comprovam a antiga presença da maconha no Polígono formado por 13 cidades de Pernambuco e da Bahia, na região do Baixo e Submédio São Francisco. 

O Polígono da Maconha inclui 13 cidades do sertão pernambucano e baiano. Ao norte, desponta outro polo produtor de cannabis no Maranhão e Pará.

No entanto, em 1946, a Comissão Nacional de Fiscalização de Entorpecentes (CNFE), criada em 1936 e regulamentada pelo Decreto-Lei nº 891/38, promoveu o Convênio Interestadual da Maconha, em Salvador. O relatório final aprovado, entre outras coisas, diz: destruição das plantações de maconha, limitada a sua produção para fins médicos ou industriais.

Apesar disso, nos anos 1970, a fim de atender uma crescente demanda, a região começou a fornecer maconha às principais capitais brasileiras. Razão pela qual, passou a ser chamada, pejorativamente, de Polígono da Maconha.
Nos anos 1990, consolidouse como a principal fornecedora de maconha do Brasil, inclusive com as lendárias estirpes de sativas “Manga Rosa”, “Cabeça-de-nego” e “Cabrobó”.
Repressão 

A partir daí, a repressão foi aumentando cada vez mais, culminando no final de 1999 na Operação Mandacaru, que utilizou 1.200 militares das Forças Armadas, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Bombeiros e Polícias Militares da Bahia e Pernambuco, ao custo de R$ 7.500.000,00.


Ao final da Operação, o general Alberto Cardoso e outras autoridades governamentais se vangloriavam referindo-se à região como “antigo polígono” ou “ex-polígono da maconha”. 

Todavia, em 2004, segundo o pesquisador Jorge Atílio Silva Iulianelli, o Ministério Público do Trabalho do Estado de Pernambuco estimava que a mão de obra utilizada no Polígono da Maconha era de 40 mil trabalhadores. 

Diante disso, as operações da Polícia Federal foram intensificadas e muitos plantadores deslocaram-se para outros estados, principalmente para o Pará e o Maranhão. No Polígono, a fim de dificultar o acesso policial, passaram a cultivar nas áreas de Caatinga e nas ilhas do Rio São Francisco.
Segundo o sociólogo e professor Paulo Cesar Pontes Fraga, o Polígono da Maconha ainda atende cerca de 40% do mercado brasileiro.
Ilegal e com a Polícia Federal fazendo operações a cada três meses, a qualidade da maconha do Polígono fica muito longe do ideal. Mas sem sombra de dúvidas, é bem melhor do que a maconha prensada paraguaia, principal beneficiada pelo “sucesso” das caríssimas operações “enxuga gelo” da Polícia Federal!

*Por Ubirajara Ramos, auditor fiscal e autor do livro Tá todo mundo enganado.

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