247 - O presidente interino, Michel Temer, decidiu deixar para depois da votação do impeachment da presidente eleita Dilma Rousseff o anúncio das estatais que deverão ser privatizadas na sua gestão. Analistas destacam que o adiamento foi ocorre para não dividir os holofotes com a votação do afastamento de Dilma, nem causar atritos com senadores que tenham interesse em algumas das empresas que devem ser vendidas ou extintas.
Inicialmente, o anúncio esta previsto para acontecer dia 25, data da sessão de votação do impeachment. O recuo veio após o alerta de que o anúncio feito na mesma data poderia resultar em um desgaste desnecessário, já que todas as atenções estarão voltadas para o Senado.
Dentre as estatais que estão na lista de privatizações está a Hemobras, criada em 2004 durante a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apontada pelo governo interino como "um cabide de empregos" e investigada na Operação Lava Jato.
Nesta linha, a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), criada pela presidente Dilma Rousseff em 2010 com o objetivo de desenvolver o trem-bala, também está na lista das desestatizações.
A avaliação das estatais que podem ser privatizadas ou extintas está sob responsabilidade do secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco, e do ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira.
Logo que anunciou que pretendia implantar um processo de privatizações, Temer disse que a data prevista inicialmente não sofreria interferência por conta da votação do impeachment.
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