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SE O IMPEACHMENT VINGAR, TEMER MUDARÁ COMUNICAÇÃO



247 – Na gestão interina de Michel Temer, a Secretaria de Comunicação perdeu o status de ministério, mas o seu atual titular, Márcio Freitas, deve ser o próximo auxiliar do governo provisório a cair, depois de três ministros já afastados: Romero Jucá, Henrique Alves e Fabiano Silveira. Isso porque dois dois principais aliados de Temer, Eliseu Padilha e Moreira Franco, avaliam que Freitas não tem estofo para comandar uma área tão sensível.
Prova disso foi a denúncia sofrida por ele no último domingo, que foi um claro disparo de fogo amigo. No domingo, a Folha de S. Paulo revelou que Freitas recebeu R$ 240 mil ilegalmente por meio da Fundação Ulysses Guimarães, do PMDB, quando já era assessor de imprensa do Palácio do Jaburu (leia mais aqui).
Ontem mesmo, apenas 24 horas depois, a Comissão de Ética da presidência da República abriu um processo para investigá-lo. “Quando a comissão se deparou hoje [segunda] com a notícia [do jornal], percebeu que há um precedente sobre o assunto e decidiu abrir o procedimento ético. Determinamos a oitiva do senhor Márcio Freitas para que se pronuncie e possamos examinar o caso”, declarou Mauro Menezes, presidente da comissão, acrescentando que o assessor de Temer terá prazo de dez dias para se pronunciar sobre o assunto à comissão.
Procurado, Freitas não quis se pronunciar, mas ele sabe que seu tempo no Palácio do Planalto está chegando ao fim. Ao explicar a decisão da comissão, Mauro Menezes informou que, se for configurado conflito de interesse por parte do assessor de Temer mesmo após ele apresentar suas explicações, o secretário de Comunicação poderá sofrer uma sanção, que pode ser desde uma advertência até uma recomendação de sua exoneração. Segundo o presidente da Comissão de Ética, o colegiado decidirá sobre o caso com base na Lei 12.813, que dispõe sobre o conflito de interesses no serviço público. “Instâncias partidárias têm interesses e eles não podem ser confundidos por quem está no serviço público”, observou.
Baixa popularidade
Eliseu Padilha e Moreira Franco avaliam que Temer, rejeitado por 79% dos brasileiros, dos quais 61% querem novas eleições e 18% a volta de Dilma Rousseff com sua permanência até 2018 (leia mais aqui), tem errado muito na comunicação.
Além da briga desnecessária com a EBC, que não deu em nada, uma vez que o presidente Ricardo Melo, nomeado por Dilma, tem um mandato a cumprir, Temer cometeu erros grosseiros. O maior deles foi anunciar à imprensa que iria buscar o filho Michelzinho na escola para tentar humanizar sua figura. Padilha e Moreira colocam o erro na conta de Freitas. 

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