Por Fernando Brito, do Tijolaço - Como escreveu ontem este blog, por trás dos festivos “parou de cair” com que se tem procurado sustentar a ideia de que entramos num período de recuperação, ocultam-se de que, ao contrário, a deterioração da economia brasileira está longe de ter um paradeiro.
Escreveu-se antes da divulgação do Boletim Focus, o mais badalado “urubu do mercado” sobre a economia.
Os sites dos grandes jornais dão de forma suave números que nada têm de suaves.
A expectativa de inflação para 2016 saltou de 7,2% para 7,31%.
Um pequeno aumento? Sim, mas um grande aumento se comparado às previsões da semana em que se afastou Dilma, quando eram de 7%.
Até Miriam Leitão admite que “a inflação segue forte tanto nos dados apurados quanto nas projeções, mesmo com os juros altos e a forte recessão”.
A pressão de baixa sobre o dólar – que deve seguir até a consumação do impeachment, fazendo com que a prevista entrada de moeda norte-americana compre mais reais – ajuda, mas não resolve a pressão inflacionária dos juros.
Ruim?
Tudo pode piorar se o déficit público – que já foi agigantado pelo governo interino – ainda assim se revelar insuficiente para cobrir as despesas, inclusive as das “bondades” que Temer faz à procura de sua confirmação no cargo.
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