247 - Reportagem do jornalistaDaniel Castro nesta quarta-feira, 6, mostra que está repercutindo nos bastidores das emissoras de TV o decreto assinado em 24 de junho pelo presidente interino Michel Temer, que autoriza a transferência indireta da concessão dos serviços da Globo Comunicação e Participações em cinco cidades (Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e Recife).
Oficialmente, a Globo diz que o decreto visa a uma "reorganização societária". Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho e José Roberto Marinho, filhos de Roberto Marinho (1904-2002), passarão a maior parte de suas ações para os filhos. "Os signatários [os filhos de Roberto Marinho] transferirão a seus herdeiros diretos a nua-propriedade da maioria das ações de emissão das Organizações Globo Participações S.A., mantendo seu direito de voto na sociedade, não havendo o ingresso de qualquer outro terceiro não integrante da família Marinho na composição societária das referidas sociedades".
"A nota, no entanto, não foi totalmente convincente para setores do mercado. Para analistas do mercado, transferir as ações não facilitaria a sucessão empresarial. Pelo contrário, diluiria a propriedade e tornaria o dia a dia do grupo mais complicado. O que estaria por trás dessa decisão, então? A busca de novos sócios é a resposta mais comum, embora a Globo negue com veemência. Especula-se que a Globo poderia estar fechando algum acordo com um grupo internacional: os estrangeiros teriam parte da rede brasileira, que por sua vez seria sócia de um grande conglomerado global", conta o jornalista Daniel Castro.
Pelo decreto, a Globo tem 60 dias para realizar a transferência das ações e apresentar documentos ao Ministério das Comunicações.
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