247 - O ex-senador e candidato a vereador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse não ter se arrependido de ter protestado contra uma reintegração de posse em São Paulo, o que o levou a ficar detido por mais de três horas nesta segunda-feira (25). Ele afirmou que faria tudo de novo se isso evitasse conflitos mais graves entre moradores e policiais militares. “Prisão? Quem se importa? Evitei um conflito que poderia ter consequências muito mais sérias”, disse.
Suplicy disse que chegou a falar com o prefeito Fernando Haddad (PT-SP), para tentar convencê-lo a suspender a reintegração de posse do terreno na Cidade Educandário, na região da Rodovia Raposo Tavares, mas reconheceu que a área é considerada de alto risco, conforme laudos de engenheiros. “Se Haddad não apoiasse a reintegração, poderia ser acionado por improbidade administrativa”, explicou Suplicy.
O petista destacou que não pensou duas vezes quando viu moradores e policiais se aproximando entre si. Para ele, só havia uma alternativa para evitar um conflito mais grave.
“Decidi me deitar para evitar que houvesse qualquer ato de violência contra os moradores. O oficial de justiça e o comandante da PM pediram que eu me levantasse. Disse que não sairia e desafiei: ‘Se vocês acharem por bem, podem até me carregar. Se quiserem, me levem’. Foi aí que me levaram para a viatura”, afirmou o ex-senador.
Ligeiramente emocionado, o ex-senador afirmou “que se tornou mais humano e mais consciente” após ter passado pela secretaria de Direitos Humanos da capital paulista.
Sobre as análises jornalísticas de que sua candidatura ganhou força após a prisão, Suplicy minimiza. “Quando eu decidi deitar-me ali, foi uma intuição para prevenir um conflito de consequências graves. Não foi um ato político. O que eu quero é ajudar o prefeito e a cidade de São Paulo em várias questões críticas”.
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