247 - A Petrobras encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um documento afirmando que o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teria se locupletado do dinheiro desviado de contratos da estatal.
O documento é um pedido para que a estatal atue como assistente de promotoria na ação em que Cunha é réu pela acusação de ter recebido US$ 5 milhões em propinas oriundas de contratos para a produção de navios-sonda.
A Petrobras alegou também ser incontestável a ocorrência de irregularidades nos contratos celebrados com o estaleiro sul-coreano Samsung para a produção de navios-sonda.
"Mantém-se incólume o encadeamento narrativo e probatório indiciário que evidenciam que o 1° denunciado [Cunha] locupletou-se ilegalmente de pelo menos US$ 5 milhões oriundos da sangria perpetrada por agentes diretores da Reqte [Petrobras] e intermediadores financeiros nos dois contratos dos navios-sonda em questão", diz trecho do documento.
"Não há dúvidas de que a Petrobras foi a maior vítima do esquema apurado no bojo da intitulada Operação Lava Jato, pois sofreu diretamente os efeitos negativos do delito praticado. No presente caso, em que houve o pagamento de propina no bojo de contratos de navios-sondas a situação não é diferente", afirma ainda a companhia.
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