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PATRUS: GOVERNO GOLPISTA ESTÁ DESTRUINDO A AGRICULTURA FAMILIAR


Minas 247 - Após lembrar que esta segunda-feira (25) é Dia do Trabalhadores Rural, o ex-ministro da Desenvolvimento Agrário Patrus Ananias afirmou que também é dia de "resistir à devastação que o governo golpista instalado no Brasil está fazendo e a que ameaça fazer contra a agricultura familiar e, de modo geral, contra as políticas sociais desenvolvidas nos governos Lula e Dilma".
Em nota, Ananias afirmo que, "há mais de dois meses, o governo ilegítimo de Michel Temer começou a impor e ameaça impor ainda mais, às estruturas e às políticas públicas de apoio à agricultura familiar, um desmonte que já seria grave se fosse irresponsável. Mas é pior do que isso. Os golpistas estão submetendo a agricultura familiar a algo muito semelhante a um crime ou a uma série de crimes contra o Brasil, os brasileiros e as brasileiras".
"O governo golpista extinguiu o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Desmontou a estrutura do MDA. Imobilizou o INCRA. Destituiu o comando da ANATER. Desfez políticas. Engavetou, suspendeu e destruiu projetos e programas. Arrasou programas fundamentais como o PAA, de aquisição de alimentos; o Mais Gestão, de apoio ao cooperativismo; o Minha Casa Minha Vida Rural", disse.
Leia o texto na íntegra:
Nesta segunda-feira, 25 de julho, movimentos rurais estão nas ruas de várias cidades. É o dia do trabalhador e da trabalhadora rural, do agricultor e da agricultora familiar. E é, na agenda deles - com que nos solidarizamos todos os que lutamos pela democracia e pela justiça social - outro dia de resistir à devastação que o governo golpista instalado no Brasil está fazendo e a que ameaça fazer contra a agricultura familiar e, de modo geral, contra as políticas sociais desenvolvidas nos governos Lula e Dilma.
É imperioso lembrar que os agricultores e as agricultoras familiares e os assentados da reforma agrária produzem 70% dos alimentos que o povo brasileiro consome. Então, práticas e políticas públicas que prejudiquem a agricultura familiar são, além de danosas aos produtores, dramaticamente perversas aos interesses populares.
Há mais de dois meses, o governo ilegítimo de Michel Temer começou a impor e ameaça impor ainda mais, às estruturas e às políticas públicas de apoio à agricultura familiar, um desmonte que já seria grave se fosse irresponsável. Mas é pior do que isso. Os golpistas estão submetendo a agricultura familiar a algo muito semelhante a um crime ou a uma série de crimes contra o Brasil, os brasileiros e as brasileiras.
O governo golpista extinguiu o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Desmontou a estrutura do MDA. Imobilizou o INCRA. Destituiu o comando da ANATER. Desfez políticas. Engavetou, suspendeu e destruiu projetos e programas. Arrasou programas fundamentais como o PAA, de aquisição de alimentos; o Mais Gestão, de apoio ao cooperativismo; o Minha Casa Minha Vida Rural...
E, enquanto produz ruínas, proclama ou promete recriar o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Esta hipótese não está associada pelos golpistas aos interesses maiores do país pela agricultura familiar. Toda a mídia parceira do governo provisório afirma que a possibilidade de volta do MDA está associada aos interesses de meia dúzia de golpistas que reclamam mais cargos.
E por aí eles vão. De improviso em improviso, é evidente; mas sempre no mesmo rumo: o de inviabilizar ou, no mínimo, debilitar a agricultura familiar e favorecer outros negócios, entre eles os agronegócios.
Querem porque querem submeter a produção de alimentos e, portanto, a segurança alimentar do povo brasileiro a um modelo de agronegócio cujas limitações estão, neste exato momento, se traduzindo pela falta, pela necessidade de importação e pela alta dos preços do feijão e do arroz.
Estão comprometidos em favorecer a produção e o uso de agrotóxicos - até já liberaram a pulverização aérea de agrotóxicos nas cidades, a pretexto de combater mosquito.
Trabalham para alterar a legislação de modo a permitir que estrangeiros comprem terras no Brasil.
Preparam uma reforma previdenciária para sacrificar ainda mais os trabalhadores e as trabalhadoras das cidades e dos campos...
Nós reafirmamos nosso compromisso com outra agenda, oposta à deles.

Trabalhamos e continuaremos a lutar pela proteção ao trabalhador e à trabalhadora rural. Defendemos a previdência rural como justiça social.
Trabalhamos e continuaremos a trabalhar pela reforma agrária e por uma larga expansão, na agricultura familiar, da produção de alimentos saudáveis.
Patrus Ananias

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