Ex-secretário de Justiça do governo Dilma é eleito para dirigir Comissão Interamericana de Direitos Humanos por Carlos Eduardo

Comissão Interamericana de Direitos Humanos elege brasileiro Paulo Abrão como novo secretário executivo

Abrão também é presidente da Comissão de Anistia e ex-secretário nacional da Justiça do Brasil; CIDH recebeu mais de 90 postulações para cargo

no Opera Mundi

A CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) elegeu nesta quarta-feira (27/07) o brasileiro Paulo Abrão como novo secretário executivo, substituindo o mexicano Emilio Álvarez Icaza Longoria.

Em comunicado, a CIDH informou que propôs a nomeação de Abrão ao secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos) — da qual a comissão faz parte —, Luis Almagro, e que este o designou para ocupar o posto por um período de quatro anos.

Abrão também é secretário executivo do Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos do Mercosul e presidente da Comissão de Anistia do Brasil, assim como foi responsável das políticas de reparação e memória para as vítimas da ditadura brasileira. Além disso, ele já foi presidente do Comitê Nacional para Refugiados e do Comitê Nacional contra o tráfico humano no Brasil e, no governo Dilma Rousseff, ocupou o cargo de secretário nacional de Justiça (2011-2014).

A CIDH recebeu mais de 90 postulações, entre as quais elegeu cinco finalistas: Elizabeth Abi-Mershed, dos Estados Unidos; Renzo Pomi, do Uruguai; Michael Reed-Hurtado, da Colômbia; Lisa M. Shoman, de Belize, e o próprio Abrão. Antes da seleção final, a comissão entrevistou os finalistas na sede da instituição, em Washington.

Segundo a CIDH, os critérios básicos para escolher o secretário executivo incluem independência e autoridade moral, experiência e reconhecida trajetória em direitos humanos.

Abrão substituirá Longoria oficialmente em 15 de agosto, quando se encerra o mandato do atual secretário.

*com Agência Efe