247, com Agência Brasil - A ausência da deputada Tia Eron (PRB-BA), cujo voto era visto como decisivo para a cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na sessão desta terça-feira 7 do Conselho de Ética, foi criticada por adversários do presidente afastado da Câmara e apontada, em tom de piada, como mais uma estratégia do peemedebista para interferir no resultado da votação.
Pela contabilidade feita por assessores do colegiado, Cunha tinha 10 votos a seu favor e outros nove seriam pela cassação de seu mandato. Se este cenário se confirmar, Tia Eron poderia empatar o resultado e deixar nas mãos do presidente do Conselho de Ética o voto de minerva. Araújo é claro adversário de Cunha.
Mas a parlamentar não compareceu e, caso a votação ocorresse hoje, votaria em seu lugar o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), aliado de Cunha e que foi o primeiro suplente do bloco de Eron a registrar presença. Marun chegou à sala quase uma hora antes do marcado.
Cunha é acusado de ter mentido à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, quando negou a existência de contas no exterior em seu nome, o que poderia caracterizar quebra de decoro parlamentar.
O deputado, que foi o responsável pela sua defesa no colegiado, negou ser o titular das contas e afirmou que é apenas beneficiário dos recursos advindos de trustes. Ele disse que essa situação ficou "comprovada na instrução do processo no conselho".
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