Poucos
dias depois da sessão do STF, que, por 11 a zero, transformou Eduardo Cunha réu
em um segundo processo na corte, o interino Michel Temer decidiu recebê-lo no
Palácio do Jaburu para "avaliar o quadro político atual"; Cunha não
confirmou o encontro, que acabou sendo confirmado por assessores de Temer; com
a filha e a esposa nas mãos do juiz Sergio Moro e prestes a ser cassado na
Câmara, Cunha, que foi o responsável principal pelo impeachment sem crime de
responsabilidade, apela a Temer para tentar sobreviver
Quatro
dias depois de o Supremo Tribunal Federal ter tornado o presidente afastado da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu na corte pela segunda vez, por
unanimidade, o presidente interino, Michel Temer, teve um encontro secreto com
o peemedebista no Palácio do Jaburu neste domingo.
O
tema do encontro: "avaliar o quadro político atual". Cunha não
confirmou a visita à residência oficial da vice-presidência – "não estive
com ele ontem", disse –, que acabou sendo confirmada por assessores de
Temer. Segundo reportagem de Carla Araújo e Erich Decat, a reunião teria sido
uma iniciativa de Cunha.
Com
a filha e a esposa nas mãos do juiz Sergio Moro e prestes a ser cassado na
Câmara dos Deputados, além dos dois inquéritos contra ele que correm no
Supremo, Cunha, que foi o responsável principal pelo impeachment sem crime de
responsabilidade da presidente Dilma Rousseff, apela a Temer para tentar
sobreviver.
Recentemente,
houve rumores de que integrantes do Palácio do Planalto tentar dissuadir Cunha
a renunciar ao cargo, a fim de salvar o mandato e também para livrar o caminho
para a eleição de um sucessor, que tiraria o interino Waldir Maranhão (PP-MA),
alvo de críticas de todos os lados. O governo teme um racha na base aliada da
Câmara durante a escolha de um novo nome.
Alvo
da Lava Jato, o deputado já anunciou que, se cair, levará consigo 150
parlamentares que estariam comprometidos com o esquema de corrupção, outro
temor do Palácio do Planalto comandado pelo PMDB. Em entrevista na sexta-feira,
Temer fez elogios a Eduardo Cunha, ao dizer que ele não lhe atrapalha em
"absolutamente nada" e que era "claro" que os dois
conversavam.
Fonte:
brasil247
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