Deixo
meu repúdio e repulsa ao genocídio que está acontecendo aos Povos indígenas
Guarani Nhandeva e Kaiowá Guarani no Estado do Mato Grosso do Sul. São inúmeras
as violações de Direitos Humanos vividas por esses povos. No ultimo dia 14 de
junho um índio morreu e seis ficaram feridos, entre eles uma criança.
Não
bastam os inúmeros genocídios que os povos indígenas vem sofrendo desde a
colonização, agora, em pleno século XXI, o homem “civilizado”, continua agindo
de forma absurda e exterminando os povos indígenas para aumentar seu desejo
materialista.
Fazendeiros
que atuam com iniciativa paramilitar devem ser responsabilizados criminalmente.
É inadmissível tanta morosidade do Estado na demarcação das Terras indígenas,
bem como investigar e julgar crimes contra a vida de indígenas. A Constituição
Federal prevê que todos os territórios tradicionais deveriam ter sido
demarcados até 1993, mas até agora isso não foi feito. A luta pela demarcação
de terras esbarra na lentidão do Judiciário em julgar processos pendentes, e no
descaso do Executivo em homologá-las.
É
uma tragédia humana a que os índios continuam sendo submetidos diuturnamente em
MS, e em outros Estados da Federação, como em Minas Gerais, os povos indígenas
Machacalis.
O
Estado deve garantir a plenitude da democracia. Para que possamos chamar este
país de democrático, é essencial que haja o reconhecimento do direito desses
povos aos seus territórios. As terras precisam ser devolvidas aos seus
ocupantes originais, para que o Brasil seja de fato “para todos”. O Estado não
pode mais ser conivente com o extermínio velado dessas populações. A ocorrência
desses genocídios é a face de um Brasil indigno e desumano.
É
preciso que se faça justiça, pois os povos indígenas não podem esperar
mais.
Alinne
Marques – Blog da Mulher Advogada
www.mulheradvogada.com
Fonte: mulheradvogada
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