O
ex-ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou, em nota, nesta quinta
(16), que as 75 mil vagas anunciadas pelo ministro interino Mendonça Filho
(DEM) "estão aquém" do que foi programado pelo governo da presidente
eleita Dilma Rousseff; "O anúncio significa um corte significativo de 90
mil vagas, em relação ao programado governo eleito. O ministro da Educação do
governo eleito, Aloizio Mercadante, não anunciou as vagas do 2º semestre do
Fies, pois teve a gestão interrompida por um golpe, que afastou temporariamente
a presidenta eleita, Dilma Rousseff, por motivos que, hoje, são amplamente
conhecidos", diz o comunicado
O
ex-ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou, em nota, nesta
quinta-feira (16), que as 75 mil vagas anunciadas pelo ministro interino
Mendonça Filho (DEM) "estão aquém" do que foi programado pelo governo
da presidente eleita Dilma Rousseff.
"O
anúncio significa um corte significativo de 90 mil vagas, em relação ao
programado governo eleito. O ministro da Educação do governo eleito, Aloizio
Mercadante, não anunciou as vagas do 2º semestre do Fies, pois teve a gestão
interrompida por um golpe, que afastou temporariamente a presidenta eleita,
Dilma Rousseff, por motivos que, hoje, são amplamente conhecidos", diz a
nota.
Abaixo
na íntegra:
O
governo eleito da presidenta Dilma Rousseff redefiniu, aprimorou e ampliou o
número de vagas do Fundo de Financiamento Estudantils (Fies). Para este ano,
estavam previstas e foram anunciadas 300 mil vagas no Fies.
No
1º semestre, foram oferecidas 250 mil vagas, das quais 135 mil foram
preenchidas. Portanto, o governo Dilma previa, ainda para este ano, 165 mil
novas vagas no Fies (115 mil vagas não preenchidas no primeiro semestre + 50
mil vagas restantes do número de equilíbrio do programa).
As
75 mil vagas, anunciadas pelo ministro interino, Mendonça Filho, nesta quinta-
feira, 16, estão aquém das vagas programadas pelo governo Dilma. Na realidade,
o anúncio significa um corte significativo de 90 mil vagas, em relação ao
programado governo eleito. O ministro da Educação do governo eleito, Aloizio
Mercadante, não anunciou as vagas do 2º semestre do Fies, pois teve a gestão
interrompida por um golpe, que afastou temporariamente a presidenta eleita,
Dilma Rousseff, por motivos que, hoje, são amplamente conhecidos.
Mercadante
reconhece que a importância do governo interino ter voltado atrás no fim do
Fies, mesmo que esteja oferecendo novas vagas de forma reduzida. Fato que não
acontece com o Pronatec, uma vez que, até o momento, o acordo com o sistema S
não foi assinado, o que, na prática, significa o desmonte do programa para o
ensino técnico e profissional.
Cabe
lembrar, que o orçamento do Ministério da Educação, durante a gestão de
Mercadante, aguardava aprovação da alteração da meta fiscal no Congresso
Nacional. Acontece que a Câmara dos Deputados, influenciada pelo movimento
golpista protelou a aprovação do superávit.
Quanto
à falta de estudos para aumento da renda mínima familiar para acesso ao Fies,
Mercadante anunciou que Ministério da Educação estava avaliando o impacto
fiscal do aumento de 2,5 salários mínimos por pessoa da família no Fies, por
demanda das próprias instituições de ensino superior.
Na
ocasião, Mercadante disse que a modificação dependia de estudo do Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do entendimento do Grupo de
Trabalho Interministerial para Acompanhamento de Gastos Públicos do Governo
Federal (Gtag), composto por representantes do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, da Casa Civil da Presidência da República, do Ministério da
Fazenda e da Controladoria-Geral da União, conforme consta na página do
Ministério da Educação na internet (link:
http://portal.mec.gov.br/component/content/index.php?option=com_content&view=article&id=35711:regras-ganham-mais-flexibilidade-para-ampliar-acesso-de-mais-estudantes-a-educacao-superior&catid=212&Itemid=86)
Cabe
lembrar alguns exemplos de aprimoramentos no Fies, adotados na gestão Dilma:
obrigatoriedade de nota mínima de 450 pontos e de não zerar nas provas de
redação do Enem, definição dos cursos prioritários, estabelecimento de renda
familiar mensal bruta per capita, oferta exclusiva de vagas para pessoas que
ainda não possuem diploma de graduação e conceito de avaliação de qualidade 4 e
5 . A partir desses aprimoramentos foi possível, por exemplo, que as
instituições participantes do Fies oferecessem desconte de 5% na mensalidade para
os participantes do programa.
Mercadante
reafirma a gravidade da Proposta de Emenda a Constituição que estabelece os
gastos mínimos com Educação corrigidos pela inflação do ano anterior. A medida
representa o fim do Plano Nacional de Educação.
Nos
últimos cinco anos, o governo Dilma investiu R$ 54 bilhões acima do mínimo
exigido pela Constituição Federal, que no caso da União é de 18% da receita
bruta. Com a retirada da DRU, a partir dos governos Lula e Dilma, a educação
teve um ganho de R$ 96 bilhões a mais no orçamento.
São
esses recursos que permitiram o piso nacional dos professores com ganho real de
47% acima da inflação. Foram essas medidas que permitiram o Pacto Nacional pela
Alfabetização na Idade Certa, com bolsa para 300 mil professores alfabetizadores
em todas as escolas do Brasil.
Esses
recursos também ajudaram a financiar o Pronatec, com 9,4 milhões matrículas no
governo Dilma e ajudaram a impulsionar o ProUni, o Fies, o Ciências Sem
Fronteiras e a expansão da rede federal de educação. A PEC, proposta pelo
governo interino e provisório, não prevê se quer o mínimo constitucional para
educação.
Assessoria
Mercadante
Fonte:
brasil247
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