Procurador-geral
da República, Rodrigo Janot, disse ao Supremo Tribunal Federal que o deputado
afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) continua usando "seu mandato e poder
político" em benefício próprio; na peça, Janot sugere que Cunha passe a
cumprir uma espécie de prisão domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica
e o "recolhimento" no período de funcionamento da Câmara", de
segunda a sexta-feira, das 8h às 22h, além da proibição de manter contato com
outros parlamentares e investigados na operação
O
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse ao Supremo Tribunal Federal
(STF) que o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
continua usando "seu mandato e poder político" em benefício próprio.
As conclusões de Janot estão no pedido de prisão de Cunha, enviado à Corte no
dia 23 de maio.
Ontem
(14), o ministro do Supremo Teori Zavascki concedeu prazo de cinco dias para
que a defesa de Cunha se manifeste sobre o pedido de prisão. A medida foi
tomada após o vazamento do pedido. Na mesma decisão, o ministro determinou a
retirada do sigilo do pedido de prisão.
De
acordo com o procurador, mesmo após ser afastado do cargo de presidente da
Câmara e do mandato de deputado federal pelo STF, Eduardo Cunha continua
atuando em benefício próprio. Janot cita a decisão da Mesa Diretora que manteve
as prorrogativas do parlamentar, como autorização para continuar na residência
oficial, uso de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), e declarações dele à
imprensa, nas quais diz que vai continuar frequentando a Casa e seu gabinete.
Para Janot, Cunha tenta ainda influenciar na indicação de integrantes do
governo do presidente interino, Michel Temer.
Na
peça, Janot sugere que Cunha passe a cumprir uma espécie de prisão domiciliar,
com o uso de tornozeleira eletrônica e o "recolhimento" no período de
funcionamento da Câmara", de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h, além da
proibição de manter contato com outros parlamentares e investigados na
operação.
Fonte:
brasil247
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