Ainda
não há convicção particular do deputado federal Eduardo Cunha sobre a
possibilidade de delação. Entretanto, desde o sábado que ele conduz
pessoalmente a convocação de parlamentares aliados dele para uma reunião de
urgência nesta segunda-feira quando ele anunciará uma série de posições, entre
as quais seu afastamento definitivo da presidência da Câmara Federal.
Mas
a grande incógnita em suspense na capital federal é sobre o que ele decidiu
falar publicamente, depois do encontro com seus aliados, devendo assumir oposição
ao Governo Temer.
Alguns
deputados confirmaram o convite para a reunião e disseram que Cunha se sente
abandonado pelo conjunto dos apoiadores e integrantes da grande conspiração
para afastar a presidenta Dilma Rousseff do Palácio do Planalto com a abertura
e consolidação na Câmara Federal.
DELAÇÃO
E OUTROS ALVOS
Cerebral,
ou seja, longe de uso da emoção, Eduardo Cunha está construindo sua própria
posição diante dos inúmeros processos nos quais tem sido acusado criminalmente
de desvios de recursos públicos, portanto, há um sentimento entre aliados de
que ele não cairá sozinho.
Cresce
a hipótese de ele criar as maiores dificuldades para Temer inviabilizando seu
governo interino. Da mesma forma, há alta tensão sobre a possibilidade de ele
envolver ministros do Supremo Tribunal Federal.
Até
os primeiros momentos do domingo, ele partilhava com aliados de uma posição
ainda não fechada sobre delação.
TEMER,
PMDB E PSDB EM PÂNICO
A
posição de abandonado tem levado Cunha ao ápice de uma estratégia pessoal de
buscar amenizar toda a carga e responsabilidade atirada contra ele, não só das
tramas e estratégias de grandes negócios via emendas, etc, como do seu papel
fundamental pelo Impeachment, por isso não admite viver a solidão imposta a
ele, até por saber e admitir que medidas mais rigorosas, entre elas a sua
prisão e de familiares, podem estar em curso.
É
em face deste sentimento que o presidente interino Michel Temer, todas as
cúpulas do PMDB e PSDB estão sem dormir porque pode afundar todo o esquema.
Como
se diz lá no bairro da Torre, "cada um colhe o que planta".
Em
síntese, toda a conspiração considerada também como golpe, está com seus dias
contados de revelações - as mais escabrosas possíveis atingido a jovem
democracia brasileira sem a necessidade dos horrores de agora porque o Poder
precisa ser emanado da sociedade, do povo, e não da forma construída.
Fonte:
brasil247
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