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Dilma Rousseff: o texto cita a saída de dois ministros do gabinete de Temer e a frustração de parte da população com seu governo |
Nova
York - Menos de um mês depois de Dilma Rousseff ser afastada, uma série de
choques políticos aumentou a probabilidade de a presidente voltar ao poder,
cenário até então considerado improvável, destaca uma reportagem da revista
norte-americana Time publicada nesta quinta-feira, 9.
Para
a publicação, o sucesso do presidente em exercício Michel Temer vai depender de
sua habilidade de tomar medidas duras e melhorar a economia.
Com
o título "Como o aprofundamento da crise no Brasil pode salvar Dilma
Rousseff", a Time destaca que uma série de problemas do presidente em
exercício, Michel Temer, podem mudar o cenário político do País novamente.
O
texto cita a saída de dois ministros do gabinete de Temer e a frustração de
parte da população com seu governo, na medida em que a recessão na economia não
dá mostras de melhorar.
A
Time cita o relatório divulgado esta semana pelo Banco Mundial, que prevê que a
recessão brasileira pode se estender por um terceiro ano, chegando também a
2017.
Outro
ponto de instabilidade foi o pedido de prisão ao Supremo Tribunal Federal (STF)
de quatro caciques do PMDB, que inclui o ex-presidente José Sarney.
A
revista norte-americana destaca que Temer já começou seu governo sendo alvo de
críticas ao nomear um ministério formado apenas por homens brancos e ainda
incluir em seu gabinete pessoas investigadas por corrupção.
Em
seguida foi forçado a abandonar os planos de acabar com o ministério da Cultura
e viu dois de seus ministros tendo que deixar os cargos por conta dos avanços
das investigações da Operação Lava Jato.
O
sucesso de Temer em Brasília, ressalta a reportagem, vai em grande parte
depender da habilidade do peemedebista em melhorar a economia, mergulhada na
maior recessão desde os anos 30.
Pelo
lado positivo, o presidente em exercício tem mostrado maior poder de coalização
no Congresso, ao contrário de Dilma.
"Ainda
está para ser visto se ele pode unir os partidos políticos fragmentados para fazer
escolhas econômicas difíceis, como as da reforma da previdência."
Para
a Time, para voltar ao comando do Brasil, Dilma precisa apenas que cinco
senadores mudem seus votos e alguns membros da casa têm dado declarações de que
vão repensar seus votos.
A
reportagem cita declarações do senador Cristovam Buarque (PPS-DF), que afirma
que o jogo ainda não foi definido.
Ao
mesmo tempo, Dilma tem sido alvo de pesadas acusações, afirma a revista. O
artigo cita declarações atribuídas ao empresário Marcelo Odebrecht de que a
campanha de reeleição da presidente foi financiada com dinheiro de corrupção,
tendo recebido R$ 12 milhões em 2014.
Caso
as denúncias se comprovem, Dilma pode ter seu mandato cassado pelo Tribunal
Superior Eleitoral (TSE).
Em
meio ao caos e incerteza política, os brasileiros parecem dar pouca atenção às
Olimpíadas, que começam em menos de dois meses, ressalta a Time.
Fonte:
abril
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