Carlos Sampaio afirmou que a PEC embute o risco de provocar demissões em massa (Foto: Alexandra Martins/Agência Câmara) |
Bancada
do PSDB quer acabar com multa de 40% do FGTS nas demissões sem justa causa e
reduzir de 12% para 5% a alíquota do INSS que deve ser recolhida pelos patrões
A
bancada do PSDB no Câmara, alegando ameça de demissões em massa para empregados
domésticos por conta da regulamentação da profissão, apresentou hoje (4) projeto
que retira direitos estabelecidos pela chamada PEC das Domésticas, a Proposta
de Emenda à Constituição aprovada em março no Senado e promulgada esta semana
no Congresso.
Os
deputados tucanos propõem que os patrões sejam isentos de pagar a multa de 40% sobre
o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em caso de demissão sem justa
causa. A multa é um direito conquistado por trabalhadores da iniciativa privada
com registro em carteira.
A
bancada tucana também quer diminuir o percentual de recolhimento da alíquota do
INSS, de 20% – 12% recolhidos pelos patrões e 8% pelos trabalhadores – para 8%
– sendo 5% dos patrões e 3% dos trabalhadores.
Segundo
publicou hoje o jornal Folha de S.Paulo, o líder da bancada tucana, Carlos
Sampaio (PSDB), afirmou que a proposta tem por objetivo simplificar e reduzir a
cobrança de encargos. “A PEC veio para garantir direitos, não para promover
demissões em massa”, afirmou.
De
acordo com o jornal, a justificativa do deputado para retirar dos trabalhadores
domésticos a multa em caso de demissão sem justa causa é que os empregadores de
trabalho doméstico não são empresas, não visam lucros, e merecem um tratamento diferenciado
em relação ao recolhimento de encargos.
A
proposta do PSDB é que seja criada a figura do microempregador doméstico para
pessoas ou empresas que contratem trabalhadores domésticos, sem fins
lucrativos, para viabilizar o regime diferenciado no recolhimento dos direitos
trabalhistas.
A
bancada tucana também propõe a criação de um sistema simplificado para a
cobrança destes encargos sobre o trabalho doméstico por meio da unificação do
documento de arrecadação do INSS e do FGTS para os trabalhadores domésticos.
Os
tucanos propõem ainda a autorização para contratar trabalhador por regime
temporário em caso de afastamento por acidente de trabalho ou
licença-maternidade dos trabalhadores domésticos e que sejam considerados
motivos para demissão sem justa causa a morte ou invalidez do empregador ou seu
cônjuge e motivos econômicos que comprometam a renda familiar um período
superior a três meses.
A
PEC das domésticas foi promulgada nesta semana, mas o recolhimento do FGTS
ainda precisa de regulamentação.
Fonte:
redebrasilatual
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