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MORO DIZ QUE FILHO DE CERVERÓ FOI CORAJOSO AO GRAVAR DELCÍDIO


Paraná 247 - Responsável pelos processos da Operação Lava Jato, o juiz federal Sérgio Moro, de Curitiba, elogiou Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petorbras Nestor Cerveró, pela gravação que ele fez do senador Delício do Amaral (MS) tentando obstruir as investigações do esquema de propina que desviava dinheiro de contratos da petrolífera com empreiteiras.
"Seu filho foi bastante corajoso, merece esses elogios todos do sr. Mas isso não diz respeito a esse caso específico", disse Moro a Nestor Cerveró ao fim de seu depoimento na segunda-feira (18), segundo o blog do Fausto Macedo.
Minutos antes dos elogios do juiz, Cerveró, enquanto falava de seu filho, ficou emocionado e com a voz embargada pelo choro disse: "Graças aos esforços dos meus (novos) advogados e, desculpe, ... do meu filho, que gravou a conversa, teve a frieza de ficar uma hora e 30 minutos conversando, desculpe, e conseguiu gravar a conversa em que o meu advogado que tinha se aliado ao senador Delcídio planejavam um esquema de fuga, um esquema que era totalmente absurdo, porque eu tinha voltado da Inglaterra um ano antes. Meu filho conseguiu essa gravação e com essa gravação, então, foi feito o acordo com o Ministério Público e eu prestei as informações que eu teria prestado seis, sete meses antes. Eu perdi seis ou sete meses de prisão fechada e o pior que isso. Meu filho, minha nora e minha neta saíram do país por questões de segurança, por recomendação da Polícia Federal. Eles estão morando fora do País".
Na parte final da audiência, Cerveró pediu desculpas a Moro por ter mentido em dois depoimentos anteriores. O ex-diretor da área internacional da Petrobras foi preso pela Polícia Federal em janeiro de 2015, no Aeroporto do Galeão, no Rio, quando chegava da Inglaterra.
A gravação feita por Bernardo Cerveró foi pivô da prisão do senador Delcídio, no dia 25 de novembro do ano passado. O ex-líder do governo no Senado foi preso por tentativa de atrapalhar as investigações da Lava Jato. A base da custódia do senador é a conversa gravada por Bernardo Cerveró, em 4 de novembro

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