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Ministros do STF hesitam em afastar Cunha do comando da Câmara

FOTO: INTERNET
Há cinco meses no Supremo Tribunal Federal (STF), o pedido de afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), feito pela Procuradoria Geral da República (PGR), traz um conjunto de atuações do parlamentar que, na avaliação de investigadores, atrapalhou as investigações da Lava Jato.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, listou 11 fatos em 183 páginas que, segundo ele, comprovam que o presidente da Câmara usa seu mandato de deputado, e o comando da Casa, para constranger e intimidar parlamentares, réus colaboradores, advogados e agentes públicos.

Na ocasião, a PGR esclareceu que o afastamento do peemedebista era necessário para garantir a ordem pública, a regularidade de procedimentos contra ele no STF, mas também a normalidade das investigações no Conselho de Ética, onde Cunha é alvo de processo por quebra de decoro parlamentar.

De fato, Cunha tem atrasado e atrapalhado o andamento no Conselho de Ética por meio de seus aliados e com o poder que tem como presidente da Câmara dos Deputados. O trabalho de Cunha não parou por aí.

Ele foi o principal articulador da aprovação do impeachment nos últimos meses, a ponto de alguns parlamentares elogiarem mais a atuação dele durante os 10 segundos que tinham para  votar a favor do impedimento de uma presidente da República do que propriamente apresentar os seus motivos.

 situação jurídica do presidente da Câmara está complicada diante das acusações apresentadas contra ele em duas ações. Uma em que ele é acusado de exigir e receber US$ 5 milhões em propina de um contrato do estaleiro Samsung Heavy Industries com a Petrobras, e outra por ter ocultado contas bancárias na Suíça,  como detalhou o Blog em outubro.

Os ministros do STF avaliam, contudo, que seria uma intervenção entre poderes retirar Eduardo Cunha da cadeira de presidente da Câmara, além de piorar o atual momento já inflamado no debate político. Na visão da maioria dos magistrados, o afastamento deveria ser feito pelo próprio parlamento para evitar esta sobreposição.

Também apontam, segundo o Blog apurou, vulnerabilidades na peça de afastamento de Cunha, o que poderia levar uma derrota no plenário. Diante desse quadro, há o temor de que uma decisão favorável ao Cunha na questão do afastamento poderia prejudicar a imagem da mais alta Corte do país.

A avaliação agora é que, com a aprovação da admissibilidade do impeachment da presidente Dilma na Câmara, o não afastamento de Cunha, seja pelo Conselho de Ética, seja pelo STF, poderá reforçar a narrativa do governo de “golpe”.


Fonte: globo

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